Assembleia da Otan condena governo sírio sem provas

Sem apresentar qualquer prova, a Assembleia do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) aprovou nesta segunda-feira (14) uma resolução de condenação contra a Síria, em meio à oposição da delegação russa, que participou do encontro como observador associado.

A maioria dos 268 delegados dessa assembleia considerou, também, que o governo do presidente Bashar Al-Assad foi o "responsável" por um ataque com armas químicas, ocorrido em agosto passado nas cercanias de Damasco.

Moscou denunciou, na sua vez, manipulações nas gravações divulgadas pelos grupos armados sírios, repercutidas depois pelos meios ocidentais, sobre o suposto envolvimento do exército sírio no ataque citado.

A imprensa alternativa difundiu depoimentos de jornalistas e religiosos que testemunharam a agressão química no local e que provam a responsabilidade pelos fatos dos mercenários financiados e equipados a partir do exterior.

No encontro, na cidade croata de Dubrovnik, os delegados culparam o governo sírio pela morte de supostamente 100 mil pessoas em dois anos de conflito interno, enquanto crescem as denúncias de massacres cometidos contra civis pelos grupos extremistas.

Além disso, Damasco fez um chamado às potências ocidentais para que deixem de lado a hipocrisia e condenem com firmeza os atentados à bomba contra a população civil, cada vez mais frequentes e com maior participação neles de grupos ligados à rede Al-Qaida.

Durante o evento, foi defendida a manutenção das sanções unilaterais aplicadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos contra o Irã, ao qual acusam de tentar o desenvolvimento de uma arma nuclear, enquanto que Teerã defende seu direito à utilização pacífica do energia atômica.

Fonte: Prensa Latina