Justiça ouve primeiras testemunhas do caso Colombiano e Catarina
A primeira audiência do processo sobre o caso do assassinado do dirigente sindical Paulo Colombiano e da esposa, Catarina Galindo, aconteceu na manhã desta quarta-feira (23/10), no Fórum Criminal de Sussuarana, em Salvador. Pelo menos 16 testemunhas foram convocadas pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para prestarem informações sobre a morte do casal, morto em 2010.
Publicado 23/10/2013 15:05 | Editado 04/03/2020 16:16

Os familiares e amigos das vítimas estiveram no fórum para acompanhar de perto o primeiro dia das audições. Do lado de fora, manifestantes exibiam faixas e cartazes que pediam celeridade no julgamento do caso, em uma vigília que foi organizada pelo PCdoB da Bahia e pela Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entidades que Colombiano era ligado.
De acordo com o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, o objetivo do protesto não é pressionar os condutores do processo e sim expressar um clamor por justiça, que é da sociedade.
“Todas as provas estão dadas. O Ministério Público apurou de forma categórica o mando e a execução do crime. O fato é que a justiça tem sido morosa. Entendemos que não há motivos para que a decisão seja estendida, diante das evidências”, explica o presidente da CTB.
A demora da justiça baiana em concluir o processo pode estar relacionada, ainda segundo o irmão da vítima, ao fato de os acusados do mando serem empresários ric
O assassinato
Colombiano e Catarina foram mortos em junho de 2010 e o motivo do crime, segundo as investigações, seria a descoberta de uma fraude em um contrato do Sindicato dos Rodoviários – de onde Colombiano era tesoureiro – com a empresa do plano de saúde MasterMed. A ação fraudulenta teria desviado cerca de R$ 34 milhões da entidade.
A MasterMed é de propriedade do oficial aposentado da Polícia Militar Claudomiro César Ferreira Santana e do irmão, o médico Cássio Antonio Ferreira Santana. Os dois foram indicados pela polícia como mandantes do crime.
Ainda segundo as investigações, a execução do crime foi feita por funcionários dos irmãos, identificados como Daílton Ferreira de Jesus, Edilson Duarte Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza.
De Salvador,
Erikson Wall