Síria reafirma disposição ao diálogo e rechaça precondições

O Ministério das Relações Exteriores da Síria reiterou que não aceitará qualquer pré-condição para participar na Conferência Internacional de Paz “Genebra 2”, prevista para o dia 22 de janeiro, na cidade suíça de Montreux. Grupos armados que compõem a coalizão de oposição têm debatido a participação na conferência, exigindo a demissão do presidente Bashar Al-Assad.

Presidente da Síria Bashar al-Assad - al-Thawra

“Colocar qualquer condição, sonho ou fantasia, antes de Genebra 2, e tratá-la como fato consumado, levará esta conferência ao fracasso antes do seu início,” advertiu nesta segunda-feira (13) um representante da chancelaria síria, citada pela agência oficial de notícias, Sana.

Com estas palavras, o governo sírio reagiu contra os comentários do presidente da Coalizão Nacional Síria (CNS), Ahmad al-Jarba, que disse: “todos estamos de acordo em dizer que Assad não tem futuro na Síria.”

Al-Jarba deu declarações no domingo, durante uma reunião autodenominado “Amigos da Síria”, integrado por 11 países que já se manifestaram favoráveis à destituição do presidente e do governo sírios, inclusive os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, e vizinhos como a Arábia Saudita e o Catar.

A Chancelaria síria recorda que as autoridades deste país aceitaram participar na conferencia Genebra 2 – uma continuação da primeira, realizada ainda em junho de 2012 – sem pré-condições, porque acredita que a única solução ao conflito será a alcançada através um diálogo político entre os sírios.

“O povo sírio é o único legitimado para eleger seus líderes e o seu destino, todo o resto não são mais do que palavras sem conteúdo,” afirmou o representante do Ministério.

 

O comunicado deixa claro que as declarações emitidas em Paris, onde foi realizada a reunião entre “inimigos do povo sírio” não são mais do que “ilusões distantes da realidade”. A CNS ainda se diz dividida sobre a participação na conferência, já que diversos grupos que a integram recusam-se a dialogar com o governo e insistem na demissão de Assad, enquanto mantém uma luta sangrenta no território sírio e na região.

Da redação do Vermelho
Com informações da HispanTV