PCdoB debate política organizativa e reestruturação em Salvador

Como convidada externa, o seminário recebeu Neide Freitas, integrante da Comissão Nacional de Organização e, da Bahia, estiveram presentes a presidenta do PCdoB-Salvador, Olívia Santana, e os secretários municipal e estadual de Organização, Jurandir Junior e Daniele Costa, respectivamente. A coordenação da mesa foi do vereador de Salvador Everaldo Augusto.

“A principal questão que se coloca é: ‘Como o partido vai atuar em Salvador? Como vai se organizar e como vai reencantar a população da cidade, no que diz respeito à ação política?’ Daqui, metas serão estabelecidas”, explica o coordenador, Everaldo Augusto. Ele frisa, ainda, que as discussões do segundo encontro foram sustentadas pelo debate que aconteceu na sexta, sobre as fragilidades do município.

Primeira a falar, Neide Freitas tratou da ação política comunista e chamou atenção para a diminuição da votação do partido na capital baiana, o que, segundo ela, não é um fenômeno exclusivo, pois está sendo observado, também, em outras regiões do país onde o PCdoB está presente. “Há uma luz amarela acesa pra nós, sinalizando relativa perda de influência nos grandes centros”, afirma.

É por conta disso que o PCdoB, segundo a integrante da Comissão Nacional de Organização, defende a elaboração de um plano de estruturação do partido, que dê conta de rever a organização e a mobilização partidária. O primeiro dos encontros deverá acontecer, segundo ela, já na próxima quinzena de março.

O secretário municipal de Organização, Jurandir Junior, trouxe números que sustentaram a diminuição da votação nos vereadores do partido – em 2008, foram 64 mil votos e, em 2012, o número caiu para 55 mil. Para ele, o encontro serviu para refletir sobre a ação do PCdoB e definir as ideias que servirão de subsídios para a construção de um planejamento de reestruturação.

Os novos desafios do partido, lista Jurandir, são “expandir as fileiras partidárias, com a realização de uma campanha de filiação; ampliar o acesso à escola de formação; e reforçar as direções distritais e dos organismos de base,”. Sobre a proposta de investir em formação, Daniele Costa acredita que essa deva ser estendida, principalmente, entre os comitês dos municípios do interior do estado.

“Precisamos superar o fato de ter comitês apenas para disputas eleitorais. Os comitês municipais precisam ter organismo de base. Essa é uma responsabilidade da militância”, conclui Daniele.

De Salvador,
Erikson Walla