Liga Árabe afirma direito libanês de reagir a ataque israelense

Os chanceleres dos países árabes expressaram seu apoio ao direito do Líbano a reagir contra a agressão israelense e para a libertação dos seus territórios ocupados pelo regime vizinho. Os ministros de Relações Exteriores de 21 Estados árabes e norte-africanos emitiram um comunicado conjunto nesta segunda-feira (10), após uma reunião na capital egípcia, Cairo.

Liga Árabe - Liga Árabe / Arquivo

“O Líbano e os libaneses têm direito a liberar e recuperar as Fazendas de Shebaa, as Colinas de Kfar Shuba e a parte libanesa da vila Ghajar, e a resistir contra qualquer agressão ou à ocupação israelense através de todos os meios legítimos e disponíveis,” afirma a declaração.

O governo libanês e a resistência, liderada pelo partido e movimento islâmico Hezbolá, denunciam reiteradamente a violação e a agressão do regime israelense contra o país, assim como a ocupação mantida em seus territórios desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

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Além disso, na semana passada, um ataque aéreo de Israel atingiu a região fronteiriça entre o Líbano e a Síria, no que observadores regionais classificaram de um “teste de resistência” e que fontes israelenses alegaram almejar a destruição de armas enviadas ao Hezbolá.

As tensões são verificadas, mas negligenciadas, apesar da presença da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), presentes desde a década de 1970, com a missão de “observar” o desengajamento e a retirada das tropas israelenses.

Os chanceleres árabes, em sua declaração, saudaram o papel do Exército libanês no combate a grupos extremistas – que têm atuado também na Síria, contra o governo – e na preservação da estabilidade e da paz civil no país.

O novo ministro das Relações Exteriores do Líbano, Gibran Bassil disse, durante a reunião, que a resistência é um direito humano e natural do povo libanês. Ele também pediu aos Estados árabes o apoio necessário ao Exército libanês no combate ao terrorismo.

Aviões israelenses de combate violam o espaço aéreo libanês quase diariamente, sob a alegação de servir à vigilância do território. O governo libanês, o Hezbolá e a Unifil condenaram repetidamente as operações, uma violação gravíssima da soberania do Líbano e da resolução 1701, aprovada pela Organização das Nações Unidas em 2006, para o “fim de todas as hostilidades”, na sequência da guerra deflagrada naquele ano por Israel.

No início do ano, o governo do Líbano já havia advertido que responderia a qualquer agressão israelense, enfatizando que as suas forças armadas estão comprometidas com a implementação das resoluções da ONU sobre o conflito regional.

Da redação do Vermelho
Com informações das agências