Trabalhadores denunciam grave situação social e política no Haiti

Organizações sociais no Haiti denunciam a falta de empenho do governo de Michel Martelly em convocar eleições para o senado, municipal e local . A convocação deveria ter ocorrido ainda em 2011. “O mês de janeiro não foi de repouso na vida política e social haitiana. O governo não conseguiu marcar uma data para a organização das eleições”, denunciou o boletim “Travayè é Péyizan da Aliança dos Trabalhadores e Camponeses do Caribe.

Protesto no Haiti: Comitê em Defesa do Haiti

De acordo com o relato, “a situação econômica e social da população não para de se deteriorar, os preços dos produtos de primeira necessidade atingem picos extraordinários, e nenhuma medida concreta é tomada pelas autoridades para melhorar a situação”.

Os haitianos também reafirmam a necessidade de que as tropas da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) saiam do país: “a luta pela retirada das tropas da Minustah segue sendo um combate permanente para o setor popular haitiano”, afirmam.

O presidente Martelly, durante a reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino americanos e Caribenhos (Celac), em Cuba, afirmou que tem a intenção de levar até o fim o mandato da Minustah. Mas, os trabalhadores ressaltam que “os capacetes azuis nunca tiveram a intenção de participar de qualquer forma de desenvolvimento. Sua instalação no país fez muito mal à população, em virtude de diferentes formas de violências físicas e sexuais que eles continuam a perpetrar, e pelo fato de terem introduzido no Haiti o vírus do cólera, que continua a fazer muitas vítimas”.

E reafirmam a necessidade de seguir resistindo: “depois da grande manifestação contra a Minustah realizada em 1o de junho de 2013, esperamos organizar novas ações para realizar uma outra manifestação neste ano.”

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações do Comitê em Defesa do Haiti