Aliança Bolivariana: movimentos sociais traçam planos para 2014

Delegados e delegadas de 21 países integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) estiveram em Caracas (Venezuela) este mês para a Reunião de Coordenação Continental de Movimentos Sociais para a Alba. O objetivo do encontro foi aprofundar o trabalho voltado a um projeto de integração popular em que os povos sejam cada vez mais protagonistas na construção de um continente soberano com justiça social.

Alba Movimentos – Adital

"Estamos atravessando um momento de contraofensiva imperialista sobre nossos territórios a partir dos investimentos de empresas transnacionais, a ofensiva midiática articulada de diversos meios hegemônicos e as tentativas de desestabilização dos processos de mudança mais avançados em nosso continente. O impulso da Aliança do Pacífico como bloco que disputa contra as iniciativas, como a Unasul e a Alba, mostra a complexidade que vivemos atualmente. Países que traçaram autonomia relativa frente às políticas imperialistas também estão sofrendo processos de crise e se encontram ante o desafio de superar as contradições do modelo de acumulação”, explicam os participantes em comunicado final.

Na ocasião, foi aprovado um plano de trabalho para ser desenvolvido ao longo de 2014 com vistas à consolidação do processo de integração popular continental. Entre as iniciativas acordadas estão:

1. Encontro de Escolas de Formação Política, Encontro de Economia Autogerida, Encontro contra a Megamineração e Encontro Continental de Mulheres.

2. Um plano de trabalho sobre a projeção da estratégia comunicacional em nível continental, a partir das centenas de meios alternativos, populares e comunitários dos movimentos sociais da Alba.

3. Uma agenda de solidariedade que consiste em: pedir a retirada das tropas da Minustah do Haiti; apoiar o processo de justiça e paz na Colômbia; acompanhar o caso e exigir a liberdade dos cinco cubanos; visibilizar e acompanhar a situação do povo paraguaio; exigir a liberdade dos presos políticos de Curuguaty; apoiar a campanha "Mãos Sujas da Chevron” em solidariedade ao povo equatoriano; apoiar as comunidades, organizações e dirigentes dos movimentos sociais que sofrem repressão, sobretudo na Colômbia, Panamá, Honduras e Guatemala; e manifestar apoio irrestrito à candidatura do presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales, nas eleições presidenciais que acontecem em outubro.

Em encontro realizado no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, os movimentos sociais manifestaram ainda apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro e ao processo de integração impulsionado pela Venezuela ante a ofensiva midiática e as tentativas de desestabilização por parte do imperialismo estadunidense.

Foi construída uma agenda de solidariedade ativa com o país para realizar a "operação verdade Venezuela”, que tem como intenção se contrapor à ofensiva midiática que meios de comunicação hegemônicos estão construindo com base em interesse imperialistas. Os movimentos também vão colaborar com um giro continental de representantes dos movimentos sociais venezuelanos, artistas e parlamentares, que vão passar pelos países da Alba e transmitir o que realmente está acontecendo no país bolivariano. Também serão impulsionadas várias atividades pela paz na Venezuela, como um concerto e uma celebração ecumênica.

Fonte: Adital