Prefeitos baianos aderem à paralisação nacional nesta sexta
As prefeituras de todo Brasil param nesta sexta-feira (11/4) para denunciar a crise financeira das administrações municipais. Em Salvador, a diretoria da União dos Municípios da Bahia (UPB) vai reunir prefeitos, deputados e senadores para discutir as principais reivindicações dos gestores. Durante o encontro, os prefeitos vão questionar os parlamentares sobre os posicionamentos em relação a propostas de interesse dos municípios em tramitação no Congresso e na Assembleia Legislativa.
Publicado 10/04/2014 17:26 | Editado 04/03/2020 16:15
Esta sexta, portanto, é ponto facultativo nas prefeituras, entretanto, os serviços essenciais como escolas e hospitais devem funcionar normalmente.
Entre as prioridades listadas pelos prefeitos, estão: a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional PEC 39/2013, que aumenta em dois pontos percentuais os repasses ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM); a reformulação da lei do ISS – Imposto Sobre Serviço para que o tributo fique com o município do tomador do serviço; apreciação pelo Supremo Tribunal Federal da Lei dos Royalties do Petróleo. Oos prefeitos exigem do Congresso Nacional a criação de mecanismos legais que evitem a desoneração de impostos que compõem o FPM, a exemplo do IPI – Imposto sobre Produto Industrializado.
A presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, afirma que “questões estruturantes continuam sem solução e os municípios permanecerão em crise, caso mudanças profundas não sejam implementadas”. Segundo ela, a crise é o reflexo do desequilíbrio das finanças municipais e evidencia que a receita arrecadada não corresponde ao aumento de responsabilidades repassadas aos municípios, como é o caso dos programas sociais ligados à saúde, educação e assistência social, custeados em maior parte pelas prefeituras.
O objetivo da paralisação é ampliar o diálogo com a sociedade e o Congresso Nacional, permitindo que os parlamentares ouçam dos próprios prefeitos como anda a situação nos municípios, agravada pela frustração das receitas e pelo desequilíbrio no financiamento das políticas públicas. “Esperamos contar com a adesão de cada um dos prefeitos baianos. Nosso objetivo principal é dar conhecimento aos munícipes de nossas dificuldades, que são principalmente deles”, informa Quitéria.
A iniciativa de fechar as prefeituras foi deliberada pelo Conselho Político da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), no dia 27 de janeiro, em Alagoas, com a participação de presidentes de associações municipalistas estaduais de todo o país. Em outubro de 2013, mais de 300 prefeituras na Bahia fecharam as portas, dando início a um movimento que atingem outros estados.
De Salvador,
Maiana Brito, com agências