Síria completa nova entrega de armas químicas para destruição
A Síria completou a entrega de um novo carregamento de armas químicas que serão destruídas no exterior, neste domingo (13). Com isso, o país já entregou dois terços do seu arsenal conforme o acordado, segundo a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), que está monitorando e conduzindo parte importante do processo, em um comunicado emitido nesta segunda-feira (14).
Publicado 14/04/2014 10:16
A entrega dos agentes químicos de uso bélico no porto de Latakia, na Síria, neste domingo, é a segunda em três dias, completando mais de 65% do seu arsenal destinado à destruição, informa a Opaq.
Entre os componentes entregues estão 57% dos seus agentes mais perigosos (chamados de “prioridade um”) e 82% dos menos tóxicos (“prioridade dois”), de acordo com Michael Luhan, porta-voz da Opaq. A organização vem enfatizando a dificuldade das operações devido à continuidade do confronto armado no país, o que coloca em risco as equipes envolvidas no processo e acaba por atrasá-lo.
Ahmet Uzumcu, diretor-geral da organização, entretanto, ressaltou que o carregamento do novo grupo de componentes era “necessário e encorajador”. O prazo final para a destruição do arsenal químico, conforme acordado com o governo sírio, em negociações mediadas pela Rússia, é o final deste mês, o que levanta preocupações sobre o ritmo do processo.
“A frequência e o volume das entregas terão de aumentar significativamente”, disse Uzumcu. O compromisso inicial para a destruição de todo o arsenal era fevereiro, mas o prazo não pôde ser cumprido devido às dificuldades da operação, reconhecidas pela própria Opaq.
Os componentes são transportados pela estrada até o porto de Latakia, onde são embarcados em navios como os dinamarqueses, escoltados por uma frota internacional, inclusive a chinesa, até um navio estadunidense equipado com meios para a destruição desses componentes, ou até instalações especiais, sobretudo na Europa.
O governo sírio também aderiu à Convenção contra as Armas Químicas em novembro do ano passado, no contexto do seu posicionamento relativo às negociações com potências internacionais e com a oposição, através da mediação russa, que evitou a escalada da retórica de agressão dos Estados Unidos e seus aliados europeus.
Da Redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias