João Derly recebe demandas das escolas da Restinga

Dando continuidade às reuniões itinerantes da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juvetude (Cece) da Câmara Municipal, o vereador João Derly presidiu uma reunião com os Conselhos Escolares de escolas da Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira.

O parlamentar ouviu demandas diretamente de professores, pais e alunos, em encontro realizado na EMEF Dolores Alcaraz Caldas. As sessões itinerantes da Cece continuarão nas próximas semanas, em escolas de diferentes bairros.

“O que ouvimos é muito grave e não parece ser um problema localizado. Muito antes de ser compromisso, investimento e fiscalização na educação é uma obrigação do município. A Câmara está atenta a estas demandas”, garantiu o vereador. “Por meio da Cece vamos aprofundar o debate nas próximas semanas e aguardar uma posição da prefeitura. Mas, do jeito que está, o quadro da educação é preocupante”, analisou.

João Derly lamentou a situação da violência na cidade como um todo, chegando em alguns casos extremos de haver “toque de recolher” nas escolas e postos de saúde, como tem acontecido em determinadas comunidades.

Falta de segurança preocupa

Um dos principais problemas colhidos nesta quinta-feira é com relação à segurança dentro e no entorno dos colégios – demanda que poderia ser amenizada se houvesse presença constante da Guarda Municipal, conforme os profissionais. “As máfias tomaram conta. A Guarda Municipal não resolve, mas inibe algumas situações”, explicou uma professora.

Na escola Mario Quintana a situação é mais grave, conforme outra servidora. “Só falta morrer um lá dentro”, denunciou. “Do lado e atrás já mataram. Então o que precisa acontecer para disponibilizarem guardas municipais às escolas”, questionou.

Professores reclamam de estruturas

A falta de recursos humanos, a estrutura e manutenção precária de ambientes também foram demandas levantadas na reunião da Cece. Ainda foi questionada a qualidade da educação integral, que está sendo implementada na rede municipal. Os conselhos escolares demonstraram preocupação com essa política de atendimento, que pouco tem se diferenciado do “depósito de crianças”.

No encontro, os profissionais lembraram que a Secretaria Municipal da Educação não tem liberado professores para participarem de cursos de formação, o que qualifica a intervenção pedagógica.