Espionagem global revela hipocrisia dos EUA nas acusações à China

O jornal The New York Times informou, na quarta-feira (21), que o governo norte-americano realiza atividades de espionagem há muito, para favorecer a economia dos EUA. Nesta quinta (22), em resposta à acusação da justiça estadunidense contra cinco oficiais chineses por "apropriação de segredos" comerciais, o Gabinete Estatal das Informações da Internet da China revelou dados recentes sobre ataques lançados pelos EUA ao seu espaço cibernético.

Sede da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) - Reuters

Segundo o New York Times, que cita fontes governamentais, a Agência Nacional de Segurança (NSA) pode monitorar representantes da Europa e Ásia, em apoio dos empresários norte-americanos, durante as negociações.

O jornal revelou que para investigar o Exército chinês, a NSA tem penetrado no sistema da empresa China Telecom, pois considera que os militares chineses podem utilizar redes comerciais para enviar e receber informações. Além disso, os alvos de espionagem da NSA ainda incluem a empresa chinesa Huawei, a operadora de cabo submarino de fibra óptica, Pacnet, e até o comissário da competitividade da União Europeia (UE), Joaquín Almunia.

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O diário ainda apontou que as empresas estatais de petróleo de países como Brasil, Arábia Saudita, Irã, México, e dos países africanos são também alvos de espionagem da NSA, como já revelado pelas denúncias do ex-técnico da agência, Edward Snowden, sobre o programa de espionagem global dos Estados Unidos.

De acordo com o Gabinete Estatal das Informações da Internet da China, o resultado de análises recentes mostra que os EUA são, de fato, o país que exerce mais espionagem e roubo de informações online, e também o principal autor de ataques à rede chinesa. Os dados dos últimos dois meses (19 de março a 18 de maio) apresentados foram elencados:

– Controle de 1,18 milhão de computadores host chineses

– 2077 servidores de controle de Internet localizados nos EUA controlam diretamente cerca de 1,18 milhão de computadores host da China, com troianos ou zumbis.

– 14 mil casos de fraudes via rede

– 135 computadores host localizados nos EUA são responsáveis por 563 sites de phishing, com páginas chinesas como alvo, provocando cerca de 14 mil casos de fraudes.

– São principalmente fraudes que envolvem identidades, dados e senhas pessoais que provocaram prejuízos enormes aos internautas chineses.

– 57 mil ataques pelas portas do fundo

– 2016 endereços IP localizados nos EUA inseriram portas do fundo nas 1754 páginas chinesas, envolvendo cerca de 57 mil ataques.

Os dados do mesmo período do ano passado mostram que os EUA eram também o país que exercia mais ações de espionagem no planeta, e tudo isso constitui crime cibernético. Os Estados Unidos espionam, atacam e invadem as páginas principais de órgãos governamentais, instituições, empresas, universidades e redes de telecomunicação.

O grande número de dados revela que os EUA vêm exercendo, durante um longo período, espionagem contra órgãos governamentais, instituições, empresas, universidades e indivíduos da China e de outros países.

A China protestou em várias ocasiões junto a Washington e a comunidade internacional condenou amplamente a ação norte-americana, porém, até ao momento, "os EUA têm vindo a atuar de forma hipócrita e arbitrária, ao invés de dar esclarecimentos ao mundo", conclui o relatório.

Com informações da Rádio China Internacional,
Da Redação do Portal Vermelho