Presidenciável fala de suspensão da paz e punição aos membros das Farc

O vencedor do primeiro turno das eleições presidenciais da Colômbia, o uribista Óscar Iván Zuluaga, voltou a dizer nesta segunda-feira (26) que, se eleito, suspenderá o processo de paz provisoriamente para exigir uma série de condições às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Zuluaga definiu em entrevista coletiva sua postura com relação ao processo de paz quando começa uma dura campanha de três semanas para o segundo turno de 15 de junho. Ele disputa o posto com o presidente Juan Manuel Santos, que busca a reeleição.

O candidato da oposição indicou que exigiria o cessar-fogo unilateral por parte da insurgência. Não se pode deixar de lembrar que as Farc, desde o início dos diálogos de paz, tiveram a iniciativa de decretar cessar-fogo por três vezes, contudo, este gesto do grupo nunca foi corroborado pelo governo.

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Para Zuluaga, “não serve de nada assinar um acordo com as Farc se depois não houver justiça”, por isso, ele afirmou que "os que tiverem cometido crimes atrozes precisam pagar por eles na prisão", ao comentar o plano de punir com 6 anos de prisão os membros da guerrilha, considerando uma suposta redução da pena.

O candidato do Centro Democrático, cujo mentor é o ex-presidente e senador eleito Álvaro Uribe, obteve 29,25% dos votos, enquanto Santos alcançou 25,69% nas eleições deste domingo, nas quais se registrou uma abstenção recorde de quase 60% e não houve atos de violência. Ambos concorrerão ao segundo turno no dia 15 de junho.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações de agências de notícias