PSUV: Instrumento e cérebro coletivo da Revolução Bolivariana
Começou neste sábado (26), o 3º Congresso do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), na sala Rios Reyna do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, com o desafio de transformar o partido em “instrumento revolucionário e cérebro coletivo.
Publicado 27/07/2014 08:59
Depois da execução do Hino Nacional e do hino partidário – “A hora do povo” -, além de um repertório de música revolucionária pelo cantor e compositor venezuelano José Luís Bermúdez, foram divulgadas as primeiras decisões dos mais de 900 delegados do congresso: ratificação do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, como presidente fundador e líder eterno do partido; e a designação de Nicolás Maduro como presidente do PSUV.
O PSUV foi fundado em 14 de março de 2008, depois da dissolução do Movimento Quinta República, em dezembro de 2006, com a finalidade de agrupar novos movimentos, líderes e o povo revolucionário. A direção do mesmo esteve a cargo Chávez.
Ao tomar a palavra no congresso, Nicolás Maduro indicou que o movimento revolucionário tem como desafio transformar-se em um novo modelo de organização política que se destaque pela solidez de sua fibra moral e ética.
"Continuamos tendo um grande desafio pela frente: criar um instrumento revolucionário e ao mesmo tempo um cérebro coletivo, (…) estamos falando então de consolidar o Psuv como instrumento para a luta mortal contra a contrarrevolução burocrática e a subcultura da corrupção".
Maduro esclareceu igualmente que para alcançar a suprema felicidade social do povo venezuelano, neste congresso o Psuv deve avançar em três aspectos fundamentais: proporcionar uma concepção clara sobre o socialismo; demarcar-se dos conceitos e valores da direita e ser uma vanguarda para os novos valores humanistas do século 21.
Compromisso histórico
Como parte das propostas a debater e analisar neste congresso, Maduro apresentou um conjunto de ideias que têm por finalidade cumprir o compromisso histórico do PSUV.
Uma delas é o “Plano da Pátria”, à qual se unem cinco teses. A primeira diz que “sem socialismo a independência e a soberania da Venezuela não são sustentáveis”; a segunda é construir com força as bases da revolução econômica socialista produtiva; a terceira tese refere-se à democracia verdadeira; a quarta proposição corresponde aos valores do novo modelo social; e a quinta abarca o tema internacional, "a luta pelo equilíbrio do mundo multicêntrico e multipolar e por uma América Latina o Caribe que consolidem sua união e sua nova independência".
Presença Internacional
O 3º Congresso Nacional conta com a presença de convidados internacionais, que se pronunciaram a favor da construção na Venezuela de uma nação "bolivariana, integradora, soberana e socialista", liderada por Nicolás Maduro.
Estão presentes, entre outros, representantes dos Partidos Comunistas da China, Cuba, Brasil, Chile, Rússia e Vietnã, assim como o Foro de São Paulo, a União Revolucionária Nacional da Guatemala, o Movimento Amplo Social do Chile, o Polo Democrático Alternativo da Colômbia, Rússia Unida, Frente Ampla do Uruguai, o Movimento de Esquerda Unido da República Dominicana, a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, o Partido Trabalhista de Santa Lúcia e a Frente Polisário Saaraui.
Redação do Vermelho com Agência Venezuelana de Notícias