Inácio denuncia papel antidemocrático da grande mídia nas eleições

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) denunciou da Tribuna do Senado, o papel dos grandes meios de comunicação, que “tramaram como partido, juntaram-se para apoiar um candidato e combater uma candidata, mas, falsamente, apresentaram-se como neutros durante a campanha presidencial”. Inácio repudiou, também, a ação desses órgãos de mídia que “continuam esticando a corda, mantendo um cabo de força, transformando a vida política brasileira num terceiro turno permanente”.

Ainda em sua fala, Inácio lembrou que as vitórias de Barack Obama nos Estados Unidos, e de François Holland, na França, resultaram de diferenças de votos em relação aos seus adversários menores do que a diferença entre Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB, no Brasil. “No entanto, nesses países os resultados foram considerados normais, considerados vitória da maioria. Mas, aqui no Brasil, esses meios de comunicação dominantes apresentam a vitória da Dilma como um país dividido, que ficará ingovernável. Um desrespeito à vontade da maioria soberana do país”, criticou.

Para o senador cearense, o que esteve em disputa na eleição presidencial foram os caminhos do Brasil: o de desenvolvimento com soberania, ou de subserviência às potências econômicas mundiais. “E a grande mídia está do lado da subserviência. Mas essa subserviência não é adotada sequer pelas potências que a defendem – defendem para os outros países, é claro. Os Estados Unidos não abrem mão do papel do Estado, nem a França, nem a Alemanha, nem a Inglaterra. Eles não aceitam que outros países ditem as regras de seu desenvolvimento”.

Inácio também classificou como crime eleitoral a edição da revista Veja, lançada às vésperas da eleição, com calúnias contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, “ distribuída como um panfleto, por todo o país”. E questionou: “Quem pagou essa distribuição?”

Em contraponto ao posicionamento da mídia oligopolista, o senador destacou a atuação de jornalistas como Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada; Luiz Carlos Azenha, do Viomundo; Rodrigo Viana, do Escrevinhador; Luiz Nassif, do GGN; Altamiro Borges, do Barão de Itararé; de Mino Carta, da Carta Capital, dentre outros. “Estes jornalistas, honrados, tomaram partido em defesa da candidatura de Dilma Rousseff, mas o fizeram às claras, explicando e defendendo os rumos desenvolvimentistas e soberanos para o Brasil. Não se valeram de uma falsa neutralidade”.

Fonte: Assessoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)