Somente mobilizada, classe trabalhadora ampliará conquistas
A vida já se anunciava dura para a classe trabalhadora com composição do novo Congresso. Quando foram eleitos somente 46 sindicalistas, menos de 10% da Câmara dos Deputados e pouco mais da metade dos anteriores 83. Agora com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, as preocupações que já eram anunciadas pela CTB se acentuam.
Por Marcos Aurélio Ruy*, no portal CTB
Publicado 03/02/2015 08:36
“A CTB já levantava preocupações com a composição muito mais conservadora do Congresso recém-eleito”, diz Adilson Araújo, presidente da central.
Cunha venceu com 267 votos contra 136 do segundo colocado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O PMDB comandará também o Senado com a reeleição de Renan Calheiros, senador de Alagoas. “Tudo indica que nesse cenário complexo e conturbado, o movimento sindical deverá assumir uma posição mais vigilante, sobretudo em relação aos debates dos assuntos de interesse da sociedade, de forma a barrar toda e qualquer medida que venha ocasionar prejuízos para a classe trabalhadora”, reafirma Adilson.
O conservadorismo de boa parte dos deputados federais eleitos em outubro passado não projeta facilidades para os movimentos sociais. Cabe agora mobilização ampla, geral e irrestrita, com unidade. “Cabe agora às centrais sindicais cobrar do novo presidente da Câmara uma posição consequente na defesa dos interesses, direitos e conquistas trabalhistas, para que não haja nenhum tipo de retrocesso”, acentua o presidente da CTB.
Para a central, a ampla mobilização popular em defesa das bandeiras mais importantes para o povo brasileiro continuará sendo a forma de agir para defender os interesses de quem produz a riqueza da nação. “Para o Brasil continuar no rumo do crescimento autônomo, com distribuição de renda e com pleno emprego é essencial efetivar uma reforma política com ampla”, defende Adilson.
*É jornalista