Os comunistas e a derrota dos nazistas!

 Mas essa tentativa de falsear a História não será capaz de apagar a dívida que a humanidade tem com os comunistas. Dívida cujo preço foi a vitória da “civilização” contra a “barbárie”, expressa nas teorias bestiais de Hitler e seus seguidores. Ou seja, uma dívida que não tem preço!

União Soviética - Arquivo histórico

 • Aluísio Arruda e Miranda Muniz

No dia 9.05, comemora os 70 anos da vitória sobre os nazistas na 2ª Guerra Mundial. Estima-se que nessa guerra morreram cerca de 60 milhões de pessoas (40 milhões de civis e 20 milhões de soldados), destas quase 27 milhões foram soviéticos, quase a metade do total de mortos. Em contraposição, as baixas dos Estados Unidos foram em torno de 300 mil soldados.

Portanto, é indiscutível que foi o povo soviético a principal vítima. Porém, sob o comando do Partido Comunista, foi também o maior responsável pela vitória sobre a Alemanha nazista, ao por fim ao megalomaníaco sonho de Adolfo Hitler de dominar o mundo e estabelecer o predomínio absoluto da chamada “raça ariana”.

Na época, a Alemanha tinha o maior e mais bem equipado exército, considerado imbatível. Avançou sobre a França e a derrotou fácil, depois atacou as tropas Inglesas que tiveram que recuar vergonhosamente. Em seguida, derrotou a Tchecoslováquia e a Polônia.

No afã de conquistar o mundo, Hitler partiu para cima da União Soviética. Seu objetivo principal, além de vencer, era destruir o Socialismo e apossar das riquezas do vasto território.

Na primeira e a maior batalha de tanques até então, Hitler perdeu fragorosamente. Hitler quando soube que até uma criança explodia seus tanques, tidos como indestrutíveis, ficou possesso. A causa foi a utilização de um artefato simples e eficiente – o coquetel Molotov: uma bomba artesanal feita com uma garrafa com gasolina pela metade e um pano na rolha onde se coloca fogo e o atira sobre o alvo.

Depois Hitler perdeu mais duas batalhas importantes: a de Stalingrado (Em 1961, Nikita Khruschov mudou o nome para Volvogrado) e a de Leningrado (hoje São Petersburgo). Foram longas e duras batalhas, onde Stalin com um exercito inferior, usou a tática de Pedro “O Grande”, antigo conquistador Russo : a tática da “terra arrasada”, onde os próprios soviéticos destruíam suas estradas, pontes, lavouras, animais, envenenavam a água, e recuavam lentamente atraindo o exercito alemão para as áreas mais geladas, onde a temperatura chegava a casa dos 40º negativos. Ai o “General Inverno”, e as tropas soviéticas, sob as ordens de Stalin de não recuar mais nem um milímetro, cercaram e aniquilaram os Alemães sem água, sem comida e sem condições de reequipar suas tropas. Cerca de 100 mil soldados alemãs foram feitos prisioneiros.

Em 30 de abril de 1945, quando recebeu a noticia de que os soviéticos começavam a ocupar Berlin e partiam rumo Palácio, Hitler e sua mulher Eva Braun refugiam no bunker da chancelaria de Berlin e suicidam-se, com tiros nas cabeças.

Dois dias depois, o “Exército Vermelho” dominava completamente Berlim e hasteava a bandeira soviética, com o símbolo da foice e do martelo, no alto da torre do Reichstag (parlamento alemão).

Os Estados Unidos, que ficavam mais de longe assistindo, atacado pelo Japão em Pearl Harbor, revidou ferozmente, lançando bombas incendiárias sobre Tóquio, depois duas bombas Atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, todos considerados crimes de guerra, que dizimou instantaneamente cerca de 80 mil civis inocentes, além de 20 mil jovens recrutas japoneses desarmados. Centenas de milhares de pessoas sofreram mortes lentas sob queimaduras agonizantes, doenças de radiação, leucemias, anemias e infecções incuráveis para o resto das suas curtas vidas. Gerações de descendentes dos sobreviventes também foram atingidas com doenças induzidas por radiação horríveis, cancro e mortes prematuras, ainda em curso atualmente.

Após a Guerra, embora debilitada, a União Soviética, socialista, se desenvolvia rapidamente, a ponto de colocar uma nave (não tripulada) na Lua primeiro que os Estados Unidos.

Isso sem contar o fato de ter colocado o primeiro homem em órbita, Yuri Gagarin, a bordo da nave Vostok 1, em 12 de abril de 1961. Neste voo ele disse as célebres frases: "A Terra é azul", e "Olhei para todos os lados, mas não vi Deus".

A história que o mundo capitalista nos conta é bem diferente. Tentam emplacar a falsa ideia de que fora os EUA a principal força que contribuiu para derrotar as pretensões da Alemanha nazista. O objetivo é claro: depreciar a Rússia, retirando seu papel de principal responsável pela vitória contra as loucuras e atrocidades de Hitler, e, assim, apequenar o papel que os comunistas jogaram.

Mas essa tentativa de falsear a História não será capaz de apagar a dívida que a humanidade tem com os comunistas. Dívida cujo preço foi a vitória da “civilização” contra a “barbárie”, expressa nas teorias bestiais de Hitler e seus seguidores. Ou seja, uma dívida que não tem preço!

Aluisio Arruda– jornalista, arquiteto e urbanista e ex-presidente do PCdoB-MT; Miranda Muniz – agrônomo, bacharel em direito, oficial de justiça avaliador federal, dirigente da CTB-MT e do PCdoB-MT.