Publicado 21/08/2015 08:59 | Editado 04/03/2020 17:06
Durante todo trajeto, as palavras de ordem deram o tom à manifestação e reforçaram a luta em defesa da Democracia, da Petrobras e dos Direitos dos Trabalhadores. A presença de lideranças dos movimentos sociais, sindicais, dos trabalhadores, professores, cultura, mulheres e juventude emprestaram às manifestações nas ruas em grandes ações junto à população a marca da rica e diversificada expressão crítica de um movimento político emergente, em sua expressão popular.
Para o presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Antenor Roberto, a mobilização das forças do campo democrático e progressista emprestou às ruas a “marca da alegria e da irreverência na realização de uma caminhada mágica, cívica, defendendo aquilo que nos unificou ao longo dos últimos anos, que foi a edificação da democracia no Brasil”.
Ao fazer referência à importância da defesa do mandato de Dilma Rousseff, ressaltou ser a presidente “uma mulher sob a qual a história ainda vai fazer justiça. Muitos do que hoje atiram pedras haverão de se envergonhar das bandeiras do atraso”. Dessa forma, para o dirigente, “a luta política é uma concretude que se apresenta para os trabalhadores através das suas organizações sindicais, dos seus movimentos sociais e dos partidos políticos que lhes representam”.
Ao longo do percurso, a cena mais comum foi composta de acenos e manifestações de apoio por um número grande de pessoas que acompanharam a caminhada de seus locais de trabalho, automóveis e ônibus.
Defesas
O presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Moacir Soares, ressaltou que além da defesa da democracia, os trabalhadores buscam uma saída popular para a crise e reivindica uma agenda que garanta os direitos e o desenvolvimento econômico. “Nossa agenda, a agenda do povo, quer a taxação das grandes fortunas e mais investimentos na Educação. Para isso temos que defender a Petrobras que eles querem entregar”.
Segundo o presidente da CUT no RN, José Rodrigues Sobrinho, o ato foi construído coletivamente e representa a luta pela democracia. “Estamos aqui em defesa da Democracia, mas também da Petrobrás, pela garantia da soberania nacional, e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores”, disse.
De acordo Pedro Henrique Santos, presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), o importante foi defender a democracia. "Nossa motivação é defender que a democracia continue. Achamos que o movimento social precisa avançar nas conquistas que já conseguimos. É preciso aprofundar a democracia no país", disse.
Com a afirmativa de que “com a democracia não se brinca, ela se exerce”, o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, apontou para a centralidade da luta em enfrentar a ameaça de golpe à democracia brasileira. “Nossa democracia é ainda muito jovem. E eu vejo com muita preocupação esse ambiente político que está sendo construído, um ambiente político de crise. Uma crise que se você analisar do ponto de vista econômico não tem a dimensão da política. A economia não está nesta crise tão devastadora quanto as pessoas imaginam que esteja, para isso é só olhar os indicadores econômicos. Mas a dimensão política disso está muito além da economia”.
Vando Rodrigues, militante à frente do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), ressaltou que quer garantir as conquistas do movimento. "Estamos aqui em protesto pela continuidade do governo federal e pelas conquistas já garantidas pelo movimento", falou.
José Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindpetro/RN), reafirmou a defesa da Petrobras. "O maior patrimônio do povo brasileiro é a Petrobras e ela deve servir, de fato, para a população do nosso país, e não ao capital estrangeiro. Reinvidicamos por uma Petrobras 100% pública, estatal e integrada a um projeto de desenvolvimento nacional", explicou.
A representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) no Estado, afirmou que o movimento buscava a consolidação da democracia no país. “Tivemos um processo eleitoral democrático e agora precisamos cobrar a implantação do programa de governo eleito pelo povo. Qualquer atitude golpista pode trazer sérios danos às conquistas dos trabalhadores, das Mulheres e da Juventude”, afirmou.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra também participou da manifestação. A representante do MST Jailma Lopes afirmou que o ato visa “a defesa da soberania popular”.
O representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), José Mota Junior, disse que, além de defender a Democracia, o movimento defende a Petrobrás e luta contra o retrocesso do país. “Nós defendemos a democracia, não queremos um retrocesso. Tá ruim? Tá. Mas pior era na ditadura militar onde ninguém tinha direito a nada”.
De Natal, Jana Sá