Artistas e intelectuais criam comitê pela reeleição de Evo Morales

A campanha pelo “sim” para o referendo que acontece no próximo dia 21 deste mês para decidir se o presidente Evo Morales e seu vice, Álvaro García Linera, poderão se candidatar uma vez mais está crescendo a passos largos na Bolívia. Nesta quarta-feira (3) 55 renomados intelectuais, artistas, ex-presidentes e personalidades de diferentes países assinaram uma declaração para criar o Comitê Internacional pela Reeleição de Eveo Morales Ayma (Cirema).

Linera e Evo Morales - ABI

O documento afirma que o próximo dia 21 é uma “data importante para o processo de mudança que vive a Bolívia”. “Neste dia o povo boliviano decide se aprova uma reforma parcial da Constituição Política do Estado que permita a reeleição do presidente Evo Morales Ayma para as eleições de 2019”.

A oposição boliviana aposta no “não” e defende que a reeleição de Evo seria contra a democracia. Em contrapartida, o grupo de intelectuais, artistas, políticos e autoridades da economia reiteram que deixar a decisão nas mãos do povo boliviano é a “verdadeira democracia” capaz de garantir de forma soberana os rumos políticos e econômicos do país.

“Neste sentido, compomos o Comitê Internacional pela Reeleição de Evo Morales Ayma (Cirema), como forma de comprometimento com as maiorias sociais que impulsionaram o processo de mudança boliviano”, diz o documento.

Continua: “mas também com as maiorias sociais latino-americanas e caribenhas que iniciaram a mudança que, apesar das turbulências, tem conquistado níveis de redistribuição da riqueza e de recuperação da soberania sem precedentes na história de Nossa América”.

O grupo faz um “chamado ao povo boliviano” para apoiar o “sim” no referendo. “Sim à soberania, sim à justiça social, sim à reeleição de Evo”. Assinam o documento autoridades, artistas e intelectuais de diversos países, entre eles Espanha, País Basco, Itália, Brasil, Argentina, Uruguai, Cuba, Venezuela, Estados Unidos e outros.

Algumas das personalidades que firmam o documento são Emir Sader, Fernando Morais, Eric Nepomuceno, Marica Miranda, João Pedro Stedille do Brasil; Atilio Boron, Victor Hugo Morales da Argentina; Fernando Lugo e Ricardo Canese no Paraguai; Sílvio Rodríguez em Cuba.