Vai ter luta: Dia de manifestações paralisa Fortaleza

Quer seja contra o golpe ou em defesa de direitos, Fortaleza amanheceu mais mobilizada nesta quinta-feira (28/04). Estudantes, professores, movimentos sindicais, categorias diversas e até ativistas do meio ambiente realizaram atividades de protesto.

Vai ter luta: Dia de manifestações paralisa Fortaleza

Uma das principais paralisações em Fortaleza foi realizada pela UNE, que mobilizou estudantes da UFC, da UECE e do IFCE. Com caminhadas e aulões públicos, os universitários cearenses se uniram a estudantes de todo o país, em mais de 60 instituições de ensino superior, no Dia Nacional de Paralisação das Universidades. Após o ato político nos jardins da Reitoria da UFC, os jovens seguiram em caminhada até o Restaurante Universitário, onde ratificaram a defesa intransigente do governo de Dilma Rousseff, eleita legitimamente e vítima de um golpe.

Os protestos avançaram pela cidade. Logo cedo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto/CE (MTST) realizou o travamento da BR 116, na altura do Hospital do Coração, em Messejana. O objetivo do ato também foi denunciar o golpe em curso contra Dilma.

Também em protesto contra o processo de impeachment da presidenta, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Fortaleza, manifestação integra a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Manifestantes bloquearam a Avenida José Bastos com pneus incendiados, interditando o trânsito no local. Além de Fortaleza, o MST também realizou atos contra o golpe em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e outros estados.

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Oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros, aprovados em concurso público também protestaram, em frente ao palácio da Abolição, sede estadual do Governo. Eles pedem respostas concretas e prazos sobre o chamado dos aprovados. A eles juntaram-se professores do Estado, oficialmente em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira (25). A categoria reivindica reajuste salarial de 12,67%, dentre outras questões. Segundo Anísio Melo, presidente do Sindicato Apeoc, a data-base da categoria, 1º de janeiro, não foi respeitada.

Os protestos foram além de causas nacionais ou em defesa de direitos das categorias. O meio ambiente também esteve em pauta nas manifestações desta quinta-feira, em Fortaleza. Desta vez, a manifestação reuniu, em frente à Assembleia Legislativa do Ceará, críticos à aprovação de mensagem do governador Camilo Santana que dá incentivos fiscais para construção de termoelétricas no Estado. Houve ainda atos que reuniram agentes e servidores do Sistema Penitenciário em luta por melhorias nas condições de trabalho nas penitenciárias e cadeias públicas, e dos trabalhadores da construção civil que homenagearam as vítimas de acidentes de trabalho. O grupo bloqueou o trânsito na Avenida Desembargador Moreira e seguiu em caminhada até a Praça Portugal. O ato celebra o Dia Mundial das Vítimas por Acidentes de Trabalho e também reivindica reajuste salarial de 15%.