Brasil bate novo recorde com 600 mortes por covid-19 em um dia

Os números divulgados confirmam o crescimento acelerado da pandemia no país com 114.715 casos confirmados.

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (5) um novo recorde do número de óbitos no país num único dia. Nas últimas 24 horas morreram 600 pessoas vítimas da Covid-19. Somente no estado de São Paulo foram 197 óbitos.

Ao todo, 7.921 mortes pelo novo Coronavírus já foram confirmadas. Esse é o maior número de óbitos registrados num único dia desde o início da pandemia. No total, o país alcançou 114.715 casos oficiais.

Após declínio estatísticas de novos casos em 24h no fim de semana, o número voltou a crescer e se aproximou do recorde de 7.218, registrado na quinta-feira (30/4).

Os principais dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (5) são os seguintes:

  • 7.921 mortes, eram 7.321 mortes na segunda-feira (4)
  • Em 24 horas, foram anunciadas mais 600 mortes
  • O índice de letalidade ficou em 6,9%.
  • 114.715 casos confirmados, eram 107.780 na segunda
  • 58.573 pacientes estão em acompanhamento (51,1%)
  • 48.221 pacientes estão recuperados (42,0%)
  • 1.579 mortes estão em investigação
  • São Paulo tem 34.053 casos confirmados e 2.851 mortes (veja os dados dos outros Estados abaixo)

A região mais afetada é o Sudeste, onde estão concentrados 45,6% dos casos. Já o Norte é a região que mais tem crescido: passou de 12% para 15,1% dos casos diagnosticados no país. No Nordeste, o Maranhão é o primeiro estado do país a decretar o lockdown, isolamento total com liberdade consentida apenas a profissionais que atuam em serviços essenciais. No Pará, 10 cidades, entre elas Belém, também vão fechar tudo.

Lockdown

O secretário Wanderson de Oliveira informou que a equipe da pasta se reuniu com secretários estaduais para discutir o enfrentamento à pandemia. Ele comentou as medidas adotadas em alguns lugares, como no Maranhão, de fechamento mais rígido (ou lockdown, no termo em inglês). 

“É medida complexa. Todos os secretários quando pensam neste assunto estão refletindo porque o impacto é muito negativo, mas o Ministério da Saúde está à disposição para apoiá-los. A decisão é do gestor local. São medidas temporárias que devem ser proporcionais e restritas a cada localidade”, observou.

Perguntado sobre quando será o pico da pandemia, ele respondeu que não é possível precisar e que a evolução será diferente em cada local e depende dos efeitos de medidas como o distanciamento social, que achata e prolonga a curva de contágio. Mas previu que de maio a julho deverão ser meses em que a pandemia seguirá preocupando. 

Oliveira relatou que 1,6 milhão de testes laboratoriais e 3,4 milhões de testes rápidos já foram entregues a autoridades estaduais e municipais de saúde. Da promessa de 24 milhões de exames, esse montante está sendo adquirido. Ele ressaltou que é um alto volume é que os fabricantes assumiram um cronograma de entrega, sem detalhar quando a totalidade dos kits deverá estar disponível.

Diante da falta de exames para testar muitas pessoas, o secretário defendeu uma estratégia de monitoramento das pessoas gripadas e de quem teve contato com essas. Ele anunciou que o governo deve lançar um sistema de monitoramento eletrônico, para além do já existente hoje, que coleta dados por meio de ligações telefônicas. 

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