A vitória de Malala contra o obscurantismo
Malala Yousafzai, atacada pelo talibã, se forma em filosofia na Universidade de Osford.
Publicado 19/06/2020 16:19 | Editado 19/06/2020 17:39

Ao comemorar seu 16º aniversário, em 12 de julho de 2013, a jovem mulher Malala Yousafzai foi convidada a pronunciar um discurso perante a Assembleia da Juventude, na ONU, onde afirmou: “Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas mais poderosas armas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”.
Malala, protagonista deste esforço para mudar o mundo e vencer o obscurantismo e a ignorância, acaba de se formar – aos 22 anos de idade – na Universidade de Oxford (Reino Unido), como anunciou em uma mensagem nas redes sociais nesta sexta-feira (19): “Difícil expressar minha alegria e gratidão agora, ao concluir meu curso de Filosofia, Política e Economia em Oxford. Não sei o que está por vir. Por enquanto, serão filmes na televisão, ler e dormir.”
Nascida no Paquistão, em 12 de julho de 1997, Malala ficou conhecida depois que, em 9 de outubro de 2012 foi baleada na cabeça, por um miliciano talibã, dentro de um ônibus escolar – juntamente com outras duas colegas. O talibã, que dominou o Paquistão naquela época, havia proibido que meninas frequentassem a escola.
Desde então Malala se destacou na luta pelo direito à educação, contra a opressão da mulher e contra o obscurantismo fundamentalista religioso. Sua militância foi reconhecida e, em 2014, tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
A trajetória de Malala, em sua formatura comemorada nesta sexta-feira, é um símbolo da luta da juventude e da mulher, pelo direito do acesso de todos, meninas e meninos, à educação e ao desenvolvimento das potencialidades humanas de cada um dos seres humanos. Como disse a astronauta dos EUA, em resposta ao anúncio feito por Malala nas redes sociais, Anne McClain, “o mundo tem sorte de ter você nele”.
Fonte: The Guardian e agências