Difá Dias lança Metalinguagem da Poesia

O poeta do Alto da Penha, Difá Dias traz na sua poesia o seu lugar e seu gente.

O poeta nascido e temperado no bairro Alto da Penha, na cidade do Crato, Difá Dias lança o seu mais novo livro “Metalinguagem da Poesia”.  A obra poética  traz um recorte que reúne memórias e personagens do seu lugar. O poeta faz questão de manifestar a sua afetividade ao Alto da Penha, o qual conhece com profundidade seus esconderijos, gritos,  silêncios, sorrisos e desejos de transformação do seu povo.     

Esse é o segundo livro de Difá Dias. Ele tem participação em cinco antologias poéticas, uma coletânea de contos. É cronista e também produz cordel. Professor de língua portuguesa da rede pública de ensino do Estado do Ceará e tem mestrado em Letras.

O poeta também coordenou a Roda de Poesia no Gesso, uma experiência literária que acontece no espaço urbano do Crato, a qual   é protagonizada por crianças e reúne poetas das mais diversas localidades.   

O livro vai sendo espalhado de mão em mão  pelo poeta e atingindo um universo dos excluídos da literatura. Difá Dias  não perde o ritmo e traz na sua poética a complexidade e a simplicidade da vida, consegue provocar os olhares da academia  e da classe trabalhadora da sua comunidade.               

A obra Metalinguagem da Poesia é um produto estético literário que traz um mosaico de imagens e sensações oriundos do percurso histórico do autor, infância, adolescência, reminiscência em preto e branco coloridas pela expressão  das palavras, seja por recursos linguísticos estilísticos metafóricos, seja por outras figuras de linguagem, além disso, sentimentos como amor, amizade, respeito às mais variadas gentes que compõem o universo do autor são explicitamente expressos nos seus  poemas, em outros momentos a angústia que o poeta sente ante o caos provocado pela desigualdade social.  

O poeta tenta abrir o olho do seu povo, mostra-lhe a ferramenta, a leitura, a educação, armas necessárias para se combater esse o dragão do capitalismo, ainda espalhados por toda a extensão da obra os poemas que intitulam o núcleo da temática do livro Metalinguagem da poesia: o  autor faz experimentos com a linguagem poética, procura conceituar poesia a partir da construção de imagens com o intuito de fazer o leitor exercitar a apreciação do belo, para os iniciantes, desperta a apreciação do belo, porque como disse Ojuara “há beleza inté na morte, há feiura inté na arte” é preciso saber enxergar, ouvir, sentir, degustar, cheirar, enfim ser um ser sinestésico.