O samba e a cultura nacional não podem morrer

O ex-presidente Lula defendeu, na quadra da Unidos da Tijuca, a valorização da cultura nacional e de seus trabalhadores, para manter o samba como expressão cultural e gerador de emprego e renda.

Foto: Ricardo Stuckert

Cumprindo agenda no Rio de janeiro, o pré-candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve na quadra da Unidos da Tijuca, no Rio, na quarta (6). O ex-presidente Lula defendeu a valorização da cultura nacional e de seus trabalhadores, para a manutenção do samba como expressão cultural e também como gerador de empregos e de renda.  Afirmou que vai recriar o Ministério da Cultura e criar comitês em cada cidade para valorizar a cultura brasileira e sua cadeia produtiva.

O ex-presidente valorizou os profissionais que fazem o carnaval acontecer: “Desde os que empurram os carros alegóricos e os que fazem as fantasias e alegorias, até os que desfilam no alto deles, como destaques.

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Para o ex-presidente, “cultura é arte, é emprego, é trabalho e a gente vê com respeito o pessoal da cultura que ficou passando privações por conta da política de destruição que esse atual presidente da República fez com a cultura em nosso país”, afirmou.

Quadra lotada para ouvir Lula

Lula chamou atenção para o valor da festa para a cidade. “Vi um material da prefeitura do Rio dizendo que o Carnaval trouxe a bagatela de R$ 4 bilhões para os cofres da cidade. Antes da pandemia, rendia R$ 8 bilhões”, disse, demonstrando a relevância do setor para a cidade e o país.

Lula ressaltou também a participação popular em festas como o Carnaval. “O papel do Estado é garantir que as pessoas conheçam o Brasil na sua plenitude”, afirmou. “Precisamos tratar o samba como uma indústria de geração de oportunidades para o povo brasileiro”.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) esteve no encontro com os trabalhadores do samba,

“Quando a gente está sentado na frente da televisão, não se dá conta que todas aquelas coisas maravilhosas alguém fez, e normalmente quem fez são as pessoas mais humildes, que ficam empurrando o carro alegórico, mas que têm tanta importância quanto aquele que está em cima, representando a alegoria. A gente não se dá conta de quantas mulheres trabalham em suas casas ou no barracão da escola, fazendo as fantasias que nós achamos maravilhosas e parecem que foram importadas de um país muito rico e, na verdade, foram feitas pelo povo pobre e trabalhador”, destacou Lula.

Para o ex-presidente, a ausência da festa popular em 2021 foi algo que deixou o país mais triste. “Se alguém tinha dúvida da importância do Carnaval para a construção da cultura deste país, a gente precisa olhar como esse país ficou triste em 2021, quando não houve Carnaval em nenhum estado. Como esse país ficou empobrecido e viu desaparecer o sorriso da fisionomia das pessoas mais humildes”, lamentou.

Com o site lula.com.br

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