Cresce a rejeição dos evangélicos a Bolsonaro, diz pesquisa

Hoje, 46% dos evangélicos dizem reprovar o governo. Na pesquisa anterior, a taxa de desaprovação era de 39%

Em apenas 15 dias, a rejeição dos eleitores evangélicos à gestão Jair Bolsonaro cresceu sete pontos percentuais. É o que indica a nova pesquisa PoderData, que foi realizada entre 17 e 19 de julho.

Conforme o levantamento, 46% dos evangélicos dizem reprovar o governo. Na pesquisa anterior, a taxa de desaprovação era de 39%. Já a aprovação – que era de 53% no levantamento de 15 dias antes – foi agora a 49%.

“Como os recortes de entrevistados por religião são grupos reduzidos dentro da população, as margens de erro são maiores do que a referente à população em geral, de 2 pontos percentuais”, explica o Poder360, que publica a pesquisa. “No caso dos evangélicos, a taxa é de 3,5 p.p. para mais ou para menos –ou seja, a variação de 7 pontos significa uma oscilação no limite da margem.”

Já entre os eleitores que se declaram católicos, a aprovação ao governo é de apenas 36%, ao passo que rejeição chega a 60%. “A taxa oscilou na margem de erro para esse grupo, que é de 3 pontos percentuais, em relação a 15 dias antes”, informa o Poder360.

Os evangélicos consistem numa das principais bases de apoio a Bolsonaro. Reportagem do Estadão publicada nesta quarta-feira (20) evidencia essa adesão. Segundo o jornal, a Igreja Presbiteriana do Brasil “abriu os púlpitos para a campanha” de Bolsonaro à reeleição.

“Disposta a impedir adesão de seus seguidores a candidatos alinhados à esquerda, a igreja quer criar uma comissão interna para definir regras gerais a serem repassadas aos seus pastores. A ideia é que os fiéis sejam orientados a se afastar do ‘comunismo’ e daquilo que os líderes classificam como ‘nefasta influência do pensamento de esquerda’”, relata o Estadão.

Para renovar seus vínculos com os evangélicos, Bolsonaro tem feito uma série de agendas específicas. Ele participou, por exemplo, das Marchas para Jesus organizadas em São Paulo (SP), Manaus (AM), Curitiba (PR), Uberlândia (MG) e Balneário Camboriú (SC).

A pesquisa PoderData ouviu 3 mil eleitores, por telefone, em 309 municípios, de todos os estados brasileiros.

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