Equipe de campanha mapeia 101 ações judiciais contra Bolsonaro

Número de ações deve crescer brevemente, já que a PGR pode abrir uma investigação contra Bolsonaro “por conta dos ataques infundados às urnas eletrônicas”

Episódio de Bolsonaro incitando a violência contra petistas no Acre

Mesmo sem ter completado seu mandato no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro já bateu um recorde para ocupantes do cargo: o de presidente mais processado. É o que informa a colunista Malu Gaspar, do o jornal O Globo.

Segundo Malu, “a equipe que cuida da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro fez uma garimpagem nas diversas instâncias judiciais do país para identificar o número de processos movidos contra o presidente da República. O resultado foi considerado surpreendente: até agora, já foram encontradas 101 ações judiciais contra o atual ocupante do Palácio do Planalto”.

A equipe avalia que nenhum desses processos pode levar “enquadrar Bolsonaro na Lei da Ficha Limpa e torná-lo inelegível” – uma parte das ações já foi até arquivada pela Justiça. Mas o volume de denúncias teve de ser organizado para viabilizar o registro da pré-candidatura bolsonarista à reeleição.

“Entre os documentos obrigatórios estão as certidões criminais fornecidas pelas justiças federal e estadual – e pelos tribunais competentes no caso de candidatos que possuem foro privilegiado, como é o caso de Bolsonaro”, afirma Malu. “A esmagadora maioria das ações diz respeito a processos movidos durante a pandemia de covid-19, quando o chefe do Executivo adotou uma postura negacionista e desrespeitou medidas de isolamento social.”

O número de ações, porém, deve crescer brevemente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pode abrir uma investigação contra Bolsonaro “por conta dos ataques infundados às urnas eletrônicas em reunião com embaixadores na última segunda-feira (18)”. A oposição ao governo já solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que investigue o presidente.

Na visão de quatro integrantes da PGR, “são ‘graves’ os novos ataques de Bolsonaro às urnas”. A Associação Nacional dos Procuradores da República diz que acusações “devem partir de fatos concretos, em propostas factíveis e que nasçam da constatação de problemas realmente identificados, e não podem servir apenas para disseminar o descrédito, sem base na realidade”.

Autor