Freixo promete salário mínimo de R$ 1.585 no Rio de Janeiro

Mínimo não é reajustado no estado desde 2018. Com o congelamento, os governos de Wilson Witzel e Cláudio Castro arrocharam salários num período de grave crise econômica e social

Em aceno aos trabalhadores, Marcelo Freixo (PSB) iniciou a campanha ao governo do Rio de Janeiro com a promessa de reajustar o salário mínimo regional de R$ 1.283 para R$ 1.585. Segundo Freixo, esta será sua primeira medida como governador caso seja eleito ao Palácio Guanabara.

Na terça-feira (16), primeiro dia oficial de campanha, o candidato do PSB – que é apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – visitou a Central do Brasil, ao lado de André Ceciliano (PT), que concorre ao Senado. Embora o aumento do salário mínimo já estivesse em seu programa de governo, Freixo fez questão de firmar esse compromisso durante a agenda inaugural de sua campanha.

“A Central do Brasil é símbolo do povo trabalhador do Rio de Janeiro – gente que acorda cedo e batalha todos os dias em busca de uma vida melhor. Por isso, o meu primeiro ato como governador vai ser aumentar o salário mínimo regional para R$ 1.585”, afirmou Freixo.

No Rio, o mínimo não é reajustado desde 2018. Ao congelarem o valor do piso, os governos de Wilson Witzel e Cláudio Castro arrocharam salários num período de grave crise econômica e social, que incluiu a pandemia de Covid-19 e a disparada generalizada dos preços – especialmente dos combustíveis e dos alimentos.

“O nosso estado é o único do Brasil onde o mínimo regional foi congelado. Essa foi uma medida de Witzel que foi mantida pelo atual governo”, denunciou Freixo. “É um absurdo. Nós vamos cuidar das pessoas de bem para que todas as famílias possam viver com dignidade.”

Nesta quarta (17), o candidato foi entrevistado pela TV Record e renovou a promessa. Além do reajuste “imediato” do mínimo, ele disse que a geração de emprego é uma de suas prioridades. “O desemprego no Brasil é 11%. No Rio, é 14%”, comparou. “Só na indústria naval perdemos 150 mil empregos. Então, a gente precisa recuperar emprego.”

De acordo com Freixo, o morador do Rio de Janeiro “nunca comeu tão pouca carne” devido ao desemprego e à inflação. “Trabalhador que trabalha o dia inteiro merece consumir mais. Isso aquece a economia inteira”, finalizou.

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