Lula quer retomar Minha Casa, Minha Vida “a partir de 1º de janeiro”

Programa garantiu R$ 300 bilhões de investimentos na habitação de 2009 a 2016, respondendo pela contratação de 4,2 milhões de unidades e beneficiando 10 milhões de pessoas

Lula recebe de Rodrigo Luna (Secovi-SP) a pauta do setor de construção civil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que retomará, logo no primeiro dia de governo, o Minha Casa, Minha Vida – o mais bem-sucedido programa de habitação popular no Brasil. Nesta terça-feira (23), em reunião com lideranças de entidades da construção civil em São Paulo (SP), Lula recebeu a pauta de dos empresários do setor. O documento foi entregue por Rodrigo Luna, presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de São Paulo).

“Se a gente ganhar as eleições, a partir de 1º de janeiro o Minha Casa, Minha Vida vai voltar a ser um programa de governo”, afirmou Lula. “A gente sabe da necessidade de adequar a taxa de juros à possibilidade de sobrevivência de quem quer fazer investimento.”

Criado em 2009, no segundo governo Lula, o programa garantiu R$ 300 bilhões de investimentos na habitação. Seu modelo previa financiamento público para construtores e compradores. Segundo o ex-presidente, “o Estado precisa se cercar de possibilidade econômica, de utilizar os seus bancos para ajudar a garantir que as casas sejam construídas”. A falta de investimentos e financiamento prejudica “a parte da população mais vulnerável, a de renda mais baixa, a que mais precisa de casa nesse país”.

De 2009 a 2016, o Minha Casa, Minha vida respondeu pela contratação de 4,2 milhões de unidades habitacionais, beneficiando 10 milhões de pessoas. Além de enfrentar o déficit habitacional, o programa estimulou o crescimento econômico e a geração de empregos. Nada menos que 1,7 milhão de postos de trabalho foram gerados no período.

De acordo com o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da Coligação Brasil da Esperança, o governo Lula deixou um extenso legado de ações em benefício do setor, como o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (2005) e o Plano Nacional de Habitação (2008). “Saímos de um patamar de R$ 2,2 bilhões de investimento em construção civil em 2003 para R$ 100 bilhões em 2013 e 2014. O setor acompanhou esse salto”, disse ele.

O programa de governo de Lula também prevê a retomada das obras paradas como alavanca de um programa que alie o governo federal às administrações estaduais e municipais. “Nós pretendemos anunciar um grande programa de infraestrutura já no mês de janeiro”, frisou Lula.

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