Centrais sindicais do RS lançam nota contra crime de assédio eleitoral 

Número de denúncias de coação de bolsonaristas sobre trabalhadores para que não votem em Lula atingiu 1.112; RS teve 85 do total. Casos explodiram no segundo turno

Foto: Carol Lima

Em meio a uma verdadeira onda criminosa de assédio eleitoral de empresários bolsonaristas sobre seus trabalhadores para que eles não votem em Lula (PT), centrais sindicais do Rio Grande do Sul, um dos estados com maior número de ocorrências desse tipo, lançaram, nesta sexta-feira (21), uma nota conjunta contra esse tipo de coação. O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou, até esta sexta, 1.112 denúncias em todo país, das quais 85 no estado gaúcho. Em 2018, foram contabilizados 212 casos em todo território nacional. 

O documento é assinado CUT (Central Única dos Trabalhadores); CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, CSP-Conlutas, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Pública – Central do Servidor e Fórum Sindical e Popular. 

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“As Centrais Sindicais no Rio Grande do Sul repudiam a onda de assédio eleitoral promovida por empresários inescrupulosos que não têm compromisso com as liberdades democráticas e com a lei. Exigimos a sua rápida responsabilização por parte das instituições, como o Ministério Público e o Judiciário, para que possamos ter eleições verdadeiramente livres”, diz a nota. 

Para denunciar casos de coação eleitoral, acesse o site do Ministério Público do Trabalho: https://mpt.mp.br.

Leia a íntegra: 

Nota das centrais sindicais no Rio Grande do Sul contra o assédio eleitoral e em defesa da democracia

Estamos diante de uma grande oportunidade de mudar os rumos do país. O Brasil possui todas as condições de ser uma nação próspera. Suas riquezas e potencialidades são imensas.

No entanto, a fome, o preço alto dos alimentos, o descaso com a pandemia, a escassez de empregos decentes, a violência e a falta de perspectivas para os nossos filhos e filhas existem porque as elites e o atual governo insistem em defender a desigualdade, o atraso, a exclusão social e a retirada de direitos, inclusive com o anúncio do ministro da Economia, Paulo Guedes, de não repasse anual da inflação no salário mínimo e nas aposentadorias e pensões nos próximos 4 anos.

As Centrais Sindicais no Rio Grande do Sul repudiam a onda de assédio eleitoral promovida por empresários inescrupulosos que não têm compromisso com as liberdades democráticas e com a lei. Exigimos a sua rápida responsabilização por parte das instituições, como o Ministério Público e o Judiciário, para que possamos ter eleições verdadeiramente livres.

Trabalhadores e trabalhadoras: não se deixem intimidar! Seu voto é livre e secreto. Denunciem qualquer coação ao Ministério Público do Trabalho (https://mpt.mp.br)! Assédio eleitoral é crime! Com o seu voto consciente e soberano, construiremos um país mais democrático e justo, menos desigual, com trabalho digno e mais direitos.

Porto Alegre, 21 de outubro de 2022.

CUT – Central Única dos Trabalhadores
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Força Sindical
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
CSP-Conlutas
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Pública – Central do Servidor
Fórum Sindical e Popular