Fake e bomba estão ligados a ex-assessores de Damares

Em caso mais grave, assessor do antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos planejou explodir bomba próximo ao aeroporto de Brasília; o golpista segue foragido.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) teve quatro suspeitos com envolvimento em atos golpistas e antidemocráticos abrigados no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos enquanto esteve à frente da pasta, no governo Bolsonaro.

As investigações em cima desses suspeitos ligados à ex-ministra envolvem divulgação de fake news, incitação ao golpe, participação nos atos de 8 de janeiro e até mesmo prática do terrorismo, com a tentativa de explosão de uma bomba.

Wellington Macedo teve a prisão decretada por participar da tentativa frustrada de explodir um caminhão-tanque com uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília. Duas pessoas foram presas, mas Macedo está foragido. Ele já havia sido preso em 2021 por planejar atos antidemocráticas no 7 de setembro e passou a utilizar tornozeleira eletrônica. Mesmo assim frequentava o acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília.

Como informa o site Brasil de Fato, Wellington Macedo foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, sob Damares. Além dessas acusações, o g1 informa que o ex-assessor também é investigado pela Polícia Civil do Ceará “por divulgar vídeos com cenas de abusos sexuais de crianças e adolescentes no município de Sobral (CE).”

Outro ligado ao Ministério de Damares é Renan Sena, que atuou como analista de projetos do setor socioeducativo da pasta como funcionário terceirizado. Ele foi preso em 20 de janeiro pela Operação Lesa Pátria que buscou envolvidos no planejamento e financiamentos dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Já Sara Winter, ou Sara Giromini, foi presa, em 2020, por ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), posteriormente respondendo em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica. Ela foi chefe da Coordenação Geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade de abril a dezembro de 2019, parte da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério. Segundo informa o Brasil de Fato, em 2020, Damares publicou nota para explicar a relação: “A ex-servidora Sara Giromini, quando indiciada, não pertencia mais ao quadro funcional do MMFDH. (…) Todos os membros deste Ministério estão tranquilos para prestar qualquer informação que se fizer necessária para que os fatos sejam elucidados.”

Para completar, a família Eustáquio também teve um relacionamento estreito com a senadora eleita. Oswaldo Eustáquio foi assessor de Damares durante a transição de governo e depois a sua mulher, Sandra, ocupou cargo nomeado, tornando-se secretária de Igualdade Racial. Oswaldo Eustáquio foi preso em setembro de 2020, investigado pelo STF por envolvimento com atos antidemocráticos em Brasília. O blogueiro é conhecido pela disseminação notícias falsas, inclusive sendo investigado pelo Inquérito das Fake News.

*Com informações Brasil de Fato

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