Zilda Arns passa a fazer parte do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Lula sanciona lei que homenageia a médica e sanitarista indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz; Arns teve trabalho destacado no combate à mortalidade infantil
Publicado 24/04/2023 17:28 | Editado 24/04/2023 19:38

Depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília (DF), o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria ganhou um novo nome inscrito nesta segunda-feira (24): Zilda Arns Neumann.
A médica pediatra e sanitarista foi homenageada com a inclusão de seu nome pelo governo federal pela Lei nº 14.552, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nascida em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha (SC), a heroína da nação faleceu durante uma palestra pela missão de paz no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, aos 75 anos, em decorrência do terremoto que atingiu o país.
O trabalho de Zilda Arns
O seu destacado trabalho de combate à desnutrição infantil e de incentivo ao trabalho voluntário lhe rendeu três indicações ao Prêmio Nobel da Paz.
Junto a Dom Geraldo Majella Agnello foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança, em 1983. Com o trabalho desenvolvido conseguiu diminuir a mortalidade infantil por meio da difusão do soro caseiro. Com a ajuda de voluntários e a conscientização de mães pertencentes às camadas mais vulneráveis da sociedade, Arns evitou que mortes por diarreia e desidratação fossem evitadas.
Como exemplo, em Florestópolis, no Paraná, a mortalidade infantil caiu de 127 para 28 em cada mil crianças. O sucesso das medidas de Arns fez com que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apoiassem a ampliação das ações que chegaram a alcançar 72% do território nacional.
Outra importante medida foi a campanha da Pastoral da Criança de reversão da síndrome da morte súbita em crianças. Para isso, a campanha reforçou a necessidade de colocar o bebê para dormir de barriga para cima, pois é uma posição mais segura e diminui a ocorrência de morte súbita em bebês de até um ano de idade.
Ao longo dos anos de seu trabalho também fundou a Pastoral da Pessoa Idosa, em 2004. A Pastoral nos dias de hoje acompanha 170.000 idosos mensalmente, através de visitas domiciliares, de maneira sistematizada, por meio de 25.000 voluntários em mais de mil municípios em todo Brasil.
*Com informações Planalto