ONU e Brasil buscam soluções para a poluição plástica

A ONU e o governo brasileiro tentam elevar o apelo para que governos, cidades e empresas invistam e implementem soluções para acabar com a poluição plástica no país.

Foto: Rodrigo Cabral/MCTI /MCTI

Com o tema “O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica”, o evento realizado nesta terça-feira (6), no auditório Renato Archer, em Brasília, contou com a participação de representantes governamentais, da sociedade civil e do setor empresarial. O evento foi promovido em razão ao 50° Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho.

Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os debates resultaram no alerta que toda a sociedade precisa se envolver para eliminar a poluição plástica para a manutenção da vida na terra, nos rios e oceanos.

A meta mundial da organização é que até 2040 seja reduzido pelo menos 80% da poluição plástica no planeta. Além disso, os debates percorreram sobre a situação atual, traçou perspectivas e alternativas para eliminação da poluição plástica em nosso país.

A mesa de abertura dos debates contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, representante do Pnuma no Brasil, Gustau Máñez Gomis e, representando a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos que estava em agenda com o presidente Lula em Pernambuco, participou o secretário para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, entre outros.

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Em sua fala, a ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de implementar as políticas públicas voltadas à redução do consumo de plástico no Brasil. “O plástico não conhece fronteiras geográficas. Por isso, é preciso que as nações se unam na missão de reduzir o consumo e a produção de embalagens, garrafas, canudos e tantos outros itens feitos com esse material que é nocivo ao meio ambiente e ao planeta, e que pode gerar danos por séculos”, disse.

Representante do Pnuma no Brasil, Gustau Máñez Gomis contou que mais de 400 milhões de toneladas de plásticos são consumidas no mundo e esse material leva mais de 300 aos para se decompor na natureza. “Por isso, e, cada vez mais, tem causado estragos significativos ao meio ambiente e até à nossa saúde. Há micropartículas de plástico sendo encontradas no leite materno, nos pulmões e no sangue. Com o empenho mundial, utilizando das tecnologias que dispomos hoje, é possível que até 2040 consigamos reduzir 80% da poluição plástica no mundo”, pontuou.

O secretário do MCTI, Henrique Miguel, destacou que já há ações voltadas para reduzir a poluição nos oceanos e reafirmou o compromisso da pasta com a agenda de preservação ambiental. “Entendemos que o MCTI tem papel fundamental ao fomentar o desenvolvimento de materiais compostáveis alternativos ao plástico e, por isso, tem apostado em iniciativas. Uma delas é o estabelecimento do Comitê de Especialistas Rede Oceano sem Plástico, que tem como objetivo assessorar o Ministério”, ressaltou.

Neste caso, é preciso estudar a cadeia produtiva do plástico, promover soluções para o descarte e substituição do plástico, educar sobre o consumo consciente, combater a poluição marinha, reduzir os impactos sobre a biodiversidade, e fornecer posicionamentos nacionais e internacionais na área, disse o secretário.

O evento teve quase quatro horas de duração. Confira abaixo a íntegra:

Com informações do MCTI

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