Lula pede mobilização em defesa de Julian Assange

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio ao jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Assange está prestes a ser extraditado para os Estados Unidos, depois que a Suprema Corte do Reino Unido rejeitou, na terça-feira (6) o último recurso apresentado pelo jornalista.

“Vejo com preocupação a possibilidade iminente de extradição do jornalista Julian Assange”, tuitou Lula neste sábado (10). “Assange fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro”, agregou o presidente.

Hoje, há 18 acusações contra ele sob a polêmica Lei de Espionagem no país norte-americano. O caso de Assange, porém, envolve outros valores e direitos, conforme enfatizou Lula: “Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”.

Estima-se que o WikiLeaks, fundado em 2006, teve acesso a 700 mil documentos secretos dos Estados Unidos, em especial do Pentágono. Graças ao site, segredos escandalosos – e criminosos – passaram a vir à tona em 2010. O material revelou diversos abusos cometidos pelos norte-americanos em países como Afeganistão e Iraque.

Após sete anos exilado no Equador, Assange foi preso em abril de 2019 sob um mandado de extradição dos Estados Unidos. Em 2022, a Justiça britânica ordenou sua extradição.