STF vai julgar casos graves do 8 de Janeiro em até seis meses

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, indicou que são 250 casos considerados mais graves, das 1,3 mil denúncias de que cuida

Funcionário faz a lavagem da estátua da justiça em frente ao STF. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O cerco ao golpismo está se fechando. Enquanto a CPMI do Golpe aprovou a convocação de Mauro Cid e Anderson Torres e o presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), já acertou com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o acesso das informações sigilosas dos processos que estão na corte, a previsão é de que em até seis meses os casos mais graves do 8 de Janeiro já tenham sido julgados.

A previsão foi do próprio Moraes, em evento fechado, que indicou que são cerca de 250 casos mais graves entre os atos de depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Pelo menos aproximadamente 250, que são os crimes mais graves, dos que estão presos, estes em seis meses o Supremo vai concluir”, disse.

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No total são mais de 1,3 mil denúncias ligadas ao 8 de Janeiro que tramitam no STF sob relatoria de Moraes. O Supremo já aceitou 1.246 denúncias que envolvem participantes e incentivadores dos atos.

Segundo o ministro, a equipe da Procuradoria-Geral da República (PGR), em contato com seu gabinete, entende que os casos devem ser julgados em blocos de 30, pois as testemunhas se repetem para diversos processos.

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Entre as acusações nestes 250 casos constam: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada e dano ao patrimônio tombado da União.

Os demais casos são enquadrados como incitação pública à animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade e como associação criminosa.

*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho, Murilo da Silva.

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