Lula fala de PIB em 2,5% este ano e inauguração da Ferrovia Norte-Sul

Em entrevista para rádios de Goiás, presidente indicou otimismo com a economia e falou sobre a inauguração da obra em Rio Verde (GO), na sexta-feira (16)

Imagem Vermelho a partir de fotos de Ricardo Stuckert/PR, Ministério dos Transportes e Getty Images

Nesta quinta-feira (15), o presidente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista para rádios de Goiás, oportunidade em que destacou seu otimismo com a economia e falou sobre a retomada de obras de infraestrutura, com destaque para a inauguração da Ferrovia Norte-Sul.

Durante a entrevista, Lula revelou acreditar que o potencial de crescimento do Brasil irá superar as expectativas. Para o presidente o PIB pode ultrapassar os 2,5% de crescimento em 2003, o que surpreenderia o mercado interno e externo, ainda mais pelo cenário caótico entregue por Jair Bolsonaro.

“Eu estive na semana passada em Hiroshima, no Japão, discutindo política econômica com o G7, e lá eu tive a oportunidade de conversar com a diretora do FMI, que fazia uma previsão de crescimento de 0,9% do PIB para o Brasil. Eu disse que queria encontrar com ela no final do ano, porque irei ao final do ano para a Índia em uma reunião do G20, e eu quero provar que ela estava errada com relação ao PIB brasileiro. Nós vamos crescer mais do 0,9%, vamos crescer acima de 2%, 2,5%, e se acontecer o que eu estou pensando podemos crescer até um pouco mais, disse Lula.

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O presidente não só fez a projeção, como explicou o que o faz estar otimista.

“A primeira coisa que fizemos foi retomar as políticas sociais que estavam funcionando corretamente. Elas vão irrigando dinheiro na base para o pequeno produtor, o pequeno empreendedor, as pessoas do Bolsa Família. Esse dinheiro começou a voltar, inclusive para a cultura. Estou convencido, quero que gravem o que estou falando e no final do ano me liguem para nova entrevista porque eu vou mostrar que o PIB cresceu, a economia brasileira vai ficar estável e o Brasil reconquistou credibilidade internacional”, completou.

Ferrovia Norte-Sul

Na próxima sexta-feira (16), o presidente irá inaugurar, em Rio Verde (GO), o trecho final dos 2.2257 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. A ligação final pelo Terminal Rodoferroviário da Rumo permitirá ligar toda a extensão da ferrovia que vai de Estrela D’Oeste, no interior de São Paulo, até Açailândia, no Maranhão.

A obra é fundamental para escoar a rica produção agropecuária do estado e do Centro-Oeste, facilitando o transporte para o Porto de Santos (SP), no Sudeste, como para o Porto de Itaqui (em São Luís, MA), no Nordeste, que beneficia todo o Arco Norte – portos situados acima do Paralelo 16° e abrange os terminais das regiões Norte e Nordeste.

Fonte: Ministério dos Transportes

O presidente disse que a inauguração é um marco histórico, sendo que a idealização e as obras começaram em 1987, no Maranhão, no governo José Sarney. 

“Demorou 30 anos, mas finalmente está pronta. Estou muito feliz”, explicou Lula ao detalhar que 90% da obra foi erguida nos governos dele e da ex-presidenta Dilma Rousseff, 5% nas gestões de Fernando Henrique Cardoso, Sarney e Temer e 5% pela concessionária responsável pela ferrovia.

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“No meu governo e no governo da Dilma, fizemos 90% da ferrovia Norte-Sul. Se dependesse dos nossos governos, ela já teria sido inaugurada há muito tempo”, ressaltou ao demonstrar a grandiosidade do empreendimento para o país.

Na entrevista, Lula também destacou a retomada das obras de infraestrutura e transportes, assim como o da ferrovia.

“A partir de 2 de julho, vamos anunciar o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um novo começo de reconstruir tudo o que ficou parado e aquilo que precisa ser feito. Tem muita coisa na área de transporte. Vamos aproveitar esse mandato para recuperar o país e para que a sociedade brasileira tenha certeza de que vai voltar a sorrir outra vez.”

Segundo Lula, somente neste ano serão investidos R$ 23 bilhões em transportes, sendo que nos quatro anos de governo Bolsonaro foram investidos algo próximo aos R$ 20 bilhões.

Confira a entrevista na íntegra:

*Com informações Planalto