Câmara rejeita destaques e reforma tributária segue para o Senado

Os deputados rejeitaram três dos quatro destaques apresentados pelo PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. Único aprovado retira prorrogação de benefícios fiscais para o Nordeste

Foto: Reprodução

Em mais um dia de derrota do bolsonarismo, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta sexta (7) todos os destaques do Partido Liberal (PL). Com isso, a reforma tributária é concluída na casa e segue para o Senado Federal.

Na madrugada de hoje os deputados aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária por 382 votos a 118 contrários, no primeiro turno, e 375 votos a favor e 113 contrários, no segundo turno.

A aprovação é a maior mudança no sistema tributário do país desde 1965 anos, quando os militares aprovaram o desenho atual, que fortaleceu a tributação indireta do consumo, que prejudica sobretudo as famílias mais pobres.

A reforma aprovada pelos deputados unifica os impostos sobre o consumo no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual e cria ferramentas para reduzir a regressividade tributária, tal como a alíquota zero para produtos da Cesta Básica e o cashback.

Os deputados do PL apresentaram quatro destaques para a apreciação de pontos específicos do texto do relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-AL) e foram derrotados em três deles. Confira quais foram eles:

– destaque do PL pretendia evitar que o imposto seletivo componha a base de cálculo do ICMS e do ISS, enquanto vigentes, e do IBS e CBS;

– destaque do PL pretendia retirar dispositivo que permite a atualização da base de cálculo do IPTU por meio de decreto do Poder Executivo municipal, conforme critérios de lei; e

– destaque do PL queria excluir regime específico de tributação do IBS para planos de assistência à saúde Fonte: Agência Câmara de Notícias

Por insuficiência de votos, na única vitória do partido, o Plenário retirou do texto a prorrogação de benefícios fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para plantas automobilísticas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste até dezembro de 2032.

Foram 307 votos a favor da isenção e outros 166 contra. Para manter a redação eram necessários 308 votos.

Com Agência Câmara de Notícias

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