Desmatamento na Amazônia cai 33% no primeiro semestre

Dado é obtido em comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda sob o governo Bolsonaro. Junho teve o menor nível dos últimos quatro anos

Divulgação (MMA)

Dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgados na quinta-feira (6) indicam que o desmatamento na Amazônia teve queda de 33,6% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A notícia é de extrema relevância uma vez que o desmatamento na Amazônia havia crescido nos últimos 5 anos. De acordo com registros Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora alterações na cobertura florestal, foram 2.649 km² registrados neste ano, ante 3.988 km² em 2022.

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Na apresentação dos dados, o secretário executivo do ministério, José Paulo Capobianco, ressaltou a importância em reverter a tendência de alta que, ano após ano, afetava o bioma. Segundo ele, no segundo semestre de 2022 houve aumento de 54% na área sob alerta de desmatamento.

O Secretário executivo do MMA, João Paulo Capobianco. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

Ao considerar somente o mês de junho, que usualmente tem maior risco de desmatamento por ser um período seco, houve uma redução de 41% da área em alerta em comparação com 2022. Inclusive, o mês de junho desse ano foi o que teve a menor taxa dos últimos quatro anos, foram 663 quilômetros quadrados de área degradada em junho de 2023, contra 1.120 km2 no mesmo período de 2022, 1.061 km2 em 2021, 1.043 km2 em 2020 e 935 km2 em 2019.

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“Esse número significa dizer que o esforço de reverter a curva de crescimento foi atingido. Nós revertemos. O desmatamento não está em alta. Se vamos conseguir uma redução neste semestre que compense a herança do semestre anterior e do governo anterior, não sabemos, porque vai depender do resultado de julho”, disse o secretário ao explicar que o levantamento é feito entre 1º de agosto de um ano e 31 de julho do ano seguinte, o que nesta primeira avaliação ainda levará em conta os registros do último semestre sob Bolsonaro, o que não garante que haverá diminuição no balanço anual das áreas sob alerta de desmatamento.

*Com informações Secom e Agência Brasil

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