Haddad afirma que reforma golpeia patrimonialismo

Ao lado de relatores da proposta na Câmara e no Senado, ministro fala que aprovação da reforma será “revolucionária” para ambiente econômico

Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido na quarta-feira (12) com os relatores da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), e na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o ministro, a reforma é oportunidade histórica para dar um golpe no patrimonialismo brasileiro. Ao dizer isto, Haddad se refere que setores econômicos historicamente privilegiados passarão a ter a justiça tributária devida.

“Tudo indica que nós poderemos dar a boa notícia para o Brasil com a promulgação dessa proposta de emenda constitucional. Do meu ponto de vista, é quase revolucionária essa reforma pela mudança de ambiente econômico que ela vai gerar, sob vários pontos de vista, e vai ser um golpe duro no patrimonialismo brasileiro”, disse o ministro após o encontro, que ocorreu na sede da pasta.

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Na ocasião, o ministro ofereceu ao Senado todos os dados para que a casa revisora possa ter ‘conforto’ para analisar o texto, assim como disponibilizou servidores da Receita Federal e da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária para ficarem à disposição para sanar dúvidas.

O deputado Aguinaldo Ribeiro explicou para a imprensa que o texto só será encaminhado oficialmente ao Senado no retorno do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que antecipou as suas férias parlamentares e viajou para a Flórida (EUA), onde embarcou no cruzeiro do cantor Wesley Safadão. O recesso parlamentar acontece entre 18 e 31 de julho.

Já o relator no Senado, Eduardo Braga, reafirmou o compromisso já exposto pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de votar e aprovar o texto em plenário até o final de outubro para ser encaminhado novamente à Câmara.

Tramitação da PEC

Braga já havia dito que apresentará o plano de trabalho para discutir a reforma tributária em agosto. Ele rejeitou a ideia de ‘fatiar’ a reforma, como queria alguns líderes da base do governo, para acelerar a tramitação a partir de consensos de pontos pacíficos.

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De acordo com Pacheco, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, antes de ir ao plenário, será votada somente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho, Murilo da Silva

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