TCU investigará Campos Neto por declarações que põem em risco a soberania

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, por suas declarações a favor da terceirização da gestão de ativos da instituição em especial das reservas internacional do país.

O processo de investigação já foi instaurado e está sob a relatoria do ministro Benjamin Zymler.

Na procuração, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado defendeu apuração de “indícios de irregularidades” nas declarações de Campos Neto e aponta riscos à soberania do país.

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Lucas Furtado considerou as declarações do presidente do BC intoleráveis. “Diante de todos os riscos envolvidos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do Banco Central especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do Tribunal de Contas da União, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos”, disse Lucas Furtado.

O líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), afirmou que Campos Neto deveria estar mais preocupado em reduzir a taxa de juros do Brasil do que terceirizar as reservas internacionais do Banco Central.

“Se não tem capacidade para gerir recursos fundamentais para a credibilidade do país no exterior, entregue o cargo”, desafiou o líder.