Assalto ao quartel de Moncada – Marco inaugural da Revolução Cubana

Mais: Espanha “ajudou a frear a onda reacionária”, diz Partido Comunista / Corrida para evitar grave tragédia ambiental / Bashar al-Assad exalta papel da Rússia no mundo.

O assalto aos Quartéis de Moncada e Céspedes ocorreu há exatos 70 anos, em 26 de julho de 1953. Em Cuba, todo ano nesta data comemora-se o “Dia da Rebeldia Cubana”. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), enviou à ilha revolucionária uma mensagem saudando a data, assinada pela Secretaria de Relações Internacionais, Ana Prestes. No texto, o PCdoB elogia a coragem dos revolucionários de 1953 e afirma que “em essência, esta é a mesma coragem que continua animando o heroico povo cubano a lutar contra o criminoso bloqueio imperialista que tenta subjugar o espírito revolucionário”. Leia a íntegra da nota clicando neste link. A Súmula de hoje tem os 70 anos do assalto a Moncada como seu principal tema, intercalado com notícias diversas.

Assalto ao quartel de Moncada – Marco inaugural da Revolução Cubana II

O assalto ao quartel de Moncada envolveu 131 jovens (eram 135, mas quatro desistiram pouco antes). Eles foram organizados e liderados por Fidel Castro, Abel Santamaría e Raúl Castro, e tinham por objetivo desencadear a luta armada contra a ditadura de Fulgêncio Batista. Antes de partir para a ação, Fidel fez um último discurso a seus camaradas: “Companheiros, poderemos vencer dentro de poucas horas ou sermos vencidos, mas em todo caso, ouçam bem, companheiros, o movimento triunfará de qualquer forma. Se vencermos amanhã, será mais cedo do que Martí esperava. Se ocorrer o contrário, nosso gesto servirá de exemplo ao povo de Cuba, para tomar a bandeira e seguir adiante, o povo nos apoiará no oriente e em toda a ilha. Jovens do Centenário do Apóstolo! Como em 68 e 95, aqui no oriente damos o primeiro grito de Liberdade ou Morte! Vocês já conhecem os objetivos do plano. Sem dúvida alguma é perigoso, e todo aquele que saia comigo esta noite deve fazê-lo por sua vontade absoluta. Ainda está em tempo de decidir. Alguns terão que ficar por falta de armas, aqueles que estão determinados a ir, deem um passo à frente. A consigna é não matar, a não ser como última necessidade”. A heroica iniciativa resultou em uma derrota militar. O Quartel de Moncada abrigava mil homens fortemente armados e o fator surpresa, fundamental para o sucesso da ação, por uma série de imprevistos não se concretizou. Outros 28 jovens atacaram, conforme os planos, o quartel Carlos Manuel de Céspedes, em uma ação que igualmente fracassou. Mesmo assim, o assalto aos quartéis Moncada e Céspedes foi o motor impulsionador e inspirador das ações futuras que redundaram na Revolução Cubana. Seis revolucionários morreram no momento da ação. Outros 55, feitos prisioneiros ou capturados em seguida, foram torturados e assassinados, entre eles o segundo no comando do ataque, Abel Santamaría, de 25 anos.

Espanha “ajudou a frear a onda reacionária e neoliberal”, diz Partido Comunista

O jornal Mundo Obrero, órgão do Partido Comunista da Espanha (PCE), publicou nesta segunda-feira (24), um artigo onde considera de forma positiva os resultados das eleições gerais realizadas no domingo. O PP, partido da direita tradicional, tinha planos de, em aliança com a extrema direita (Vox), alcançar os 176 assentos necessários para formar o governo. Embora tenha ficado em primeiro lugar, com 33,05% dos votos (136 deputados), o Vox, que terminou em terceiro, com (12,39% e 33 deputados) teve uma queda significativa, perdendo 19 deputados em relação à última eleição. Já o PSOE (partido social-democrata, de centro-esquerda), alcançou 31,70% dos votos e 122 deputados. O movimento Sumar (esquerda) obteve 12,31% e elegeu 31 deputados. Tudo indica que o PSOE, em aliança com o Sumar e forças representantes das nacionalidades espanholas, possa alcançar os 176 deputados para reconduzir Pedro Sánchez (PSOE) ao cargo de presidente do governo (primeiro-ministro). Para o PCE, “os resultados das eleições gerais de 23 de julho representam um claro freio às aspirações da direita de impor uma reviravolta nas políticas de progresso em direitos sociais e liberdades democráticas do governo de coalizão progressista. Apesar do resultado apertado e das dificuldades que se avizinham para dar continuidade e aprofundar o programa proposto pela esquerda para um novo país, a Espanha, mais uma vez em sua história, torna-se referência para frear a onda reacionária e neoliberal”. O partido parabenizou Yolanda Díaz (filiada ao PCE), principal liderança do movimento Sumar e segunda vice-presidente em exercício. Segundo a avaliação dos comunistas, “os resultados de Sumar consolidam a coalizão como uma força relevante no cenário político espanhol, que conseguiu se organizar em tempo recorde para articular todo o espectro da esquerda e atingir novos setores da população”. Yolanda Díaz está convencida de que Pedro Sánchez será empossado “sem dúvida”, e acredita que o candidato do PP, Alberto Núñez Feijóo, “não terá sem aliados nem votos” e a sua tentativa de formar um governo está destinada ao fracasso. “Ele não tem apoio, não tem ninguém com quem se aliar“, afirma Yolanda. Mundo Obrero registra ainda que a Esquerda Unida (coalização da qual faz parte o PCE e que concorreu na lista do Sumar) reforçou sua participação no Congresso Nacional, mencionando que “O Partido Comunista da Espanha, tendo à frente seu secretário-geral, recém-eleito deputado pela circunscrição de Córdoba, saúda estes resultados por seu alcance estatal e internacional, ao mesmo tempo em que se compromete a construir uma referência contra a hegemonia neoliberal, contribuição que, como evidenciado na recente cúpula dos povos organizada por ocasião do encontro UE-CELAC, aproximará a Europa do caminho das maiorias sociais que têm promovido governos progressistas na América Latina. Felicitamos todos os membros do PCE e IU (Esquerda Unida, na sigla em espanhol) pelo envolvimento na campanha e pelo exemplo que têm dado neste momento difícil, melhor patrimônio com o qual continuaremos a contribuir no futuro”.

Assalto ao quartel de Moncada – Marco inaugural da Revolução Cubana III

(continuação da nota II) Poucos rebeldes conseguem escapar da furiosa onda repressiva. Fidel e Raúl afinal são presos e condenados, assim como outros companheiros, a pesadas penas de prisão. No entanto, a simpatia popular cresce em torno dos jovens patriotas e, em 1955, os presos políticos são anistiados e exilam-se no México, onde formam o Movimento 26 de Julho. Regressam a Cuba em dezembro de 1956, a bordo do Granma e dão início à guerrilha contra o regime a partir da Sierra Maestra. A Revolução triunfa em 1º de janeiro de 1959. Para Fidel, não haveria revolução sem Moncada: “Em primeiro lugar, (Moncada) iniciou um período de luta armada, que não terminou até a derrota da tirania; e, em segundo lugar, criou novas lideranças e uma nova organização que repudiava o conformismo e o reformismo, que eram combatentes e decididos e que, no próprio julgamento, levantaram um programa de transformações socioeconômicas e políticas exigidas pela situação em Cuba”. Em 2003, Fidel faz um discurso em homenagem aos 50 anos do Assalto aos Quartéis de Moncada e Céspedes e citou trechos selecionados de sua histórica autodefesa (“A história me absolverá”), pronunciada durante o julgamento que a tirania de Batista promoveu contra os sobreviventes do ataque aos Quartéis em 16 de outubro de 1953. Eis os trechos selecionados pelo próprio Fidel: “600 mil cubanos estão sem trabalho. 500 mil camponeses trabalham quatro meses por ano e passam fome no restante. 400 mil trabalhadores industriais e braçais cujas pensões estão desfalcadas, cujas moradias são os infernais quartinhos dos cortiços, cujos salários passam das mãos do patrão às do vendeiro, cuja vida é o trabalho perene, e cujo descanso é a tumba. 10 mil profissionais jovens: médicos, engenheiros, advogados, veterinários, pedagogos, dentistas, farmacêuticos, jornalistas, pintores, escultores etc., saem das escolas com seus diplomas, ansiosos por luta e cheios de esperança, para ver-se num beco sem saída, com todas as portas fechadas.

Corrida contra o tempo para evitar grave tragédia ambiental no Mar Vermelho

As Nações Unidas iniciaram, nesta terça-feira (25), uma operação para desarmar aquilo que pode ser “a maior bomba relógio do mundo”. A expressão foi usada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para descrever um resgate marítimo que está em curso perto da costa do Iêmen, no Mar Vermelho. O objetivo é transferir 1,14 milhão de barris de petróleo do navio superpetroleiro abandonado FSO Safer para uma embarcação chamada Náutica, que foi rebatizada de Iêmen. A transferência de navio a navio deve levar 19 dias. Segundo Guterres, a ação iniciada pelas Nações Unidas é essencial para impedir uma catástrofe ambiental e humanitária “colossal”. Ele afirmou que a explosão ou danificação do FSO Safer significaria “o pior derramamento de óleo da nossa era”. Como consequência, “milhares de pescadores perderiam o sustento e comunidades inteiras seriam expostas a toxinas mortais”. Além disso, portos seriam fechados, prejudicando o abastecimento de comida e outros suprimentos essenciais para os 30 milhões de habitantes da região e o ecossistema do Mar Vermelho seria destruído. O FSO Safer é um cargueiro de 47 anos. Devido ao conflito no Iêmen, ele está há mais de sete anos sem manutenção. A integridade estrutural do navio foi comprometida e se deteriora rapidamente. A embarcação pode ser atingida por uma mina flutuante, explodir espontaneamente ou rachar a qualquer momento. A ONU assumiu essa “operação delicada” de alto risco e montou uma força-tarefa com “os maiores especialistas em leis marítimas, vazamentos de óleo e operações de resgate”. Participam também engenheiros e arquitetos navais, químicos, dentre outros profissionais especializados. O líder das Nações Unidas afirmou que a missão é fruto de quase dois anos de “captação de recursos e desenvolvimento de projeto”. Segundo ele, a iniciativa exigiu um trabalho de negociação política “incansável” em um país arrasado por oito anos de guerra. Fonte: Site das Nações Unidas.

Assalto ao quartel de Moncada – Marco inaugural da Revolução Cubana III

Continuação dos trechos selecionados por Fidel de “A história me absolverá”: “85% dos pequenos agricultores cubanos estão pagando arrendamentos e vivem sob a constante ameaça do desalojamento de seus lotes. 200 mil famílias camponesas não têm um pedaço de terra onde semear alimentos para seus filhos famintos. Mais da metade das melhores terras de produção cultivadas está em mãos estrangeiras. Cerca de 300 mil ‘caballerías’ (mais de três milhões de hectares) permanecem sem cultivar.” “Dois milhões e duzentas mil pessoas de nossa população urbana pagam aluguéis que consomem entre um quinto e um terço de seus rendimentos. Dois milhões e oitocentas mil pessoas de nossa população rural e suburbana não têm luz elétrica. Às escolinhas públicas rurais comparecem, descalças, seminuas e desnutridas, menos da metade das crianças em idade escolar. 90% das crianças do campo estão cheias de vermes. A sociedade permanece indiferente diante do assassinato em massa de milhares e milhares de crianças que, todos os anos, morrem por falta de recursos.” “Entre os meses de maio e dezembro, um milhão de pessoas se encontram sem trabalho em Cuba, com uma população de 5,5 milhões de habitantes.” “Quando um pai de família trabalha quatro meses por ano, com que poderá comprar roupas e medicamentos para seus filhos? Crescerão raquíticos. Aos 30 anos não terão um dente saudável na boca. Terão ouvido 10 milhões de discursos, e no final morrerão de miséria e decepção. O acesso aos hospitais públicos, sempre repletos, só é possível mediante a recomendação de um magnata político, que exigirá do infeliz seu voto e o de toda a sua família, para que Cuba continue sempre igual ou pior.

Bashar al-Assad elogia a Rússia como “um dos fatores mais importantes que anunciam o nascimento de um mundo multipolar”

A agência SANA informa que o Presidente Bashar Al-Assad recebeu, nesta terça-feira, em Damasco, Alexander Lavrentiev, enviado especial do Presidente da Federação Russa. Durante o encontro, o presidente abordou com o alto funcionário russo a questão do retorno dos refugiados sírios e as providências tomadas nesse sentido, além das propostas apresentadas por alguns países árabes e estrangeiros para solucionar esse caso. Ambas as partes também abordaram a intransigência da Turquia sobre a necessidade da retirada de suas forças do território sírio, bem como a questão da entrada de ajuda humanitária transfronteiriça para civis sírios que vivem em áreas controladas por organizações terroristas, de acordo com as regras de Soberania e Direito Internacional Humanitário. O presidente al-Assad afirmou que os Estados Unidos e o Ocidente criaram uma crise política e econômica internacional e provocaram um estado de instabilidade global com o objetivo de minar a posição e a presença da Rússia no cenário internacional. Ele explicou que o Ocidente usou a Ucrânia como uma ferramenta para atingir esse objetivo, no entanto, os efeitos econômicos e sociais dessa crise começaram a se aprofundar em seus próprios países. O Presidente enfatizou que a firmeza da Rússia em relação ao Ocidente e aos EUA é um dos fatores mais importantes que anunciam o nascimento de um mundo multipolar, ao qual aspiram todos os países e povos que respeitam o direito internacional e defendem sua soberania, independência e interesses. Por sua vez, Lavrentiev transmitiu ao presidente Al-Assad as saudações de seu homólogo russo, Vladimir Putin, e reiterou o apoio constante da Rússia à Síria para melhorar a segurança e a estabilidade do povo sírio. Ele confirmou a cooperação contínua entre os dois países para garantir um retorno digno dos refugiados sírios e enfatizou que a Rússia e a Síria se apegam à dimensão humanitária no caso dos refugiados sírios e rejeitam categoricamente todas as tentativas de politizá-lo.

Assalto ao quartel de Moncada – Marco inaugural da Revolução Cubana IV

Continuação dos trechos selecionados por Fidel de “A história me absolverá”: “O futuro da nação e a solução de seus problemas não podem continuar dependendo do interesse egoísta de uma dúzia de financistas, dos frios cálculos de lucros traçados por dez ou doze magnatas, em seus escritórios com ar-condicionado. O país não pode continuar de joelhos, implorando os milagres de uns poucos bezerros de ouro que, como aquele do Velho Testamento derrubado pela ira do profeta, não fazem nenhum milagre. […] E não é com estadistas cujo estadismo consiste em deixar tudo como está e passar a vida gaguejando bobagens sobre a ‘liberdade absoluta da empresa’, ‘garantias ao capital investido’ e a ‘lei da oferta e da procura’ que serão resolvidos tais problemas.” “No mundo atual, nenhum problema social se resolve por geração espontânea.” Esta seleção do que foi apresentado por Fidel durante seu julgamento, mostra o perfeito domínio da realidade concreta do povo, o profundo apego aos seus anseios como motor primário para a ação e o descortino sobre as causas e soluções dos problemas. Mais do que isso, revela a completa atualidade da opção revolucionária. Transcorridos 70 anos desta defesa/denúncia de Fidel, constata-se que as razões que motivaram a juventude cubana no assalto aos Quartéis de Moncada e Céspedes ainda retratam a triste realidade de boa parte do mundo.

Assalto ao quartel de Moncada – Abel Santamaría, o comandante esquecido

Desde logo esclarecemos que a palavra “esquecido” do título não se aplica à memória de Abel em Cuba, onde ela é reverenciada e continua sendo alvo de constantes homenagens, servindo de inspiração às novas gerações. Mas entre os revolucionários latino-americanos este não é um nome comum, apesar de ter sido o segundo na preparação e no comando dos ataques aos Quartéis de Moncada e Céspedes. Talvez isto se explique pelo fato de que Abel tinha apenas 25 anos quando morreu em 26 de julho de 1953 (faria 26 anos em outubro deste mesmo ano) e da revolução cubana tenha participado apenas do que é considerado seu ato inaugural. No entanto, sua influência, antes e depois do ataque, parece enorme. Abel, segundo declarou Fidel, era “o mais generoso, querido e intrépido dos nossos jovens”. A estes atributos também podemos adicionar o de visionário. Em uma manhã, Abel diz, radiante, a sua irmã, Haydée Santamaría: “Yeyé, conheci o homem que vai mudar o destino de Cuba. É Martí em pessoa”. Ele havia acabado de conhecer Fidel Castro. Deste encontro nasceu uma sólida amizade e uma confiança mútua, que vinha também da completa afinidade de ideais. Juntos, começaram a elaborar os planos do ataque que, segundo planejavam, iria assestar um golpe fatal à tirania de Batista. Quando chegou o momento da ação, Fidel fez um discurso aos companheiros mas Santamaría também usou da palavra: “É necessário que todos nós tenhamos fé no triunfo; mas se o destino for adverso, somos obrigados a ser corajosos na derrota, porque o que acontecer lá será conhecido algum dia e nossa disposição de morrer pela Pátria será imitada por todos os jovens de Cuba. Nosso exemplo merece o sacrifício e mitiga a dor que possamos causar a nossos pais e a outros entes queridos. Morrer pela pátria é viver!

Assalto ao quartel de Moncada Abel – Abel, a “Alma do Movimento”

Quando do início da distribuição de tarefas para o combate, Fidel, que chefiaria o ataque principal, destacou Santamaría para ocupar o Hospital Civil Saturnino Lora, localizado em frente à entrada principal do Regimento. Abel discorda veementemente. Fidel, no entanto, não recua: “Você tem que ir ao Hospital Civil, Abel, porque eu te ordeno; você vai porque eu sou o chefe e eu tenho que ir à frente dos homens, você é o segundo, eu possivelmente não vou regressar com vida”. Abel então revela o motivo de sua oposição: “Nós não vamos fazer como Martí, ir você ao lugar mais perigoso e se imolar quando mais falta fará a todos”. A réplica de Fidel encerrou a discussão: “Eu vou para o quartel e você vai para o hospital, porque você é a alma desse movimento e se eu morrer você vai me substituir”. O ataque não foi bem-sucedido militarmente, embora tenha sido indiscutivelmente uma vitória política e moral dos jovens revolucionários. Abel foi feito prisioneiro no Hospital, depois que o ataque ao Quartel fracassou. Imediatamente começou a ser torturado, exigindo os verdugos que ele dissesse o nome do líder do ataque, que naquele momento ainda não estava nas mãos dos assassinos. Queimaram seus braços, vazaram seus olhos, mas ele nada revelou ao inimigo. Sua irmã, aquela mesma a quem ele havia dado a notícia de que conhecera Fidel, ela também uma heroína de Moncada, testemunhou seus últimos instantes e ouviu suas palavras derradeiras: “é melhor saber morrer, para viver para sempre”.

Observação: a partir da nota número dois, os textos sobre o assalto ao Quartel de Moncada são atualizações de artigos publicados por mim em 2018, quando se comemorou o aniversário 65 desta gesta histórica. Wevergton Brito.

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