Trabalhadores automotivos dos EUA preparam greve histórica

Sem negociação e com acordo perto do fim, chance de greve cresce; trabalhadores da Ford, General Motors (GM) e Stellantis vem promovendo piquetes

Foto: UAW International Union

Nos Estados Unidos, o contrato coletivo do sindicato United Auto Workers (UAW) com a Ford, General Motors (GM) e Stellantis se encerra na sexta-feira (15). Sem acordo até agora, Shawn Fain, presidente do sindicato que representa 146 mil pessoas, tem marcada uma live pelas redes sociais com os trabalhadores nesta quinta-feira (14), às 22 horas.

Conforme informações preliminares, as montadoras elevaram as propostas para fechar o acordo, mas os representantes da UAW já preparam paralisações e novos piquetes nas fábricas.

Manifestações já vêm ocorrendo nas últimas semanas embaladas por outras greves nos EUA como a de Hollywood, a de funcionários de redes de fast food e até mesmo hospitais. Conforme aponta a Folha, ao menos 270 greves de diversas categorias já aconteceram no país neste ano.

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Caso a greve nas montadoras aconteça, especialistas indicam que a paralisação pode não ter precedentes, sendo a maior das últimas gerações. O presidente da UAW já deu declarações nesse sentido e prometeu uma greve “como nunca viram antes”.

Além de melhorias nos termos de pensões, benefícios e redução de jornada, o sindicato luta, inicialmente, por um aumento de 40% nos salários.

Como foi noticiado, a GM chegou a uma oferta de 20% de aumento salarial nesta quinta ao acompanhar a oferta que a Ford já havia oferecido.

*Com informações Reuters e Valor