Greve dos trabalhadores automotivos dos EUA chega a duas semanas

General Motors, Ford e Stellantis (Chrysler/ Jeep) tentam contornar falta de componentes automotivos enquanto a greve avança com apoio do presidente Biden

Foto: UAW

Os trabalhadores automotivos organizados pelo sindicato United Auto Workers (UAW), nos Estados Unidos, chegam a segunda semana completa de greve na próxima quinta-feira (28). A histórica greve na General Motors, Ford e Stellantis (Chrysler/ Jeep) tem como principal reivindicação o aumento na base salarial em 40% a ser realizado de forma escalonada. No último dia 26, o movimento grevista ganhou um importante apoio: o presidente Joe Biden.

Ele se juntou a um piquete em centro de distribuição da GM em Belleville, Michigan, com o presidente do UAW, Shawn Fain.

Biden e Fain. Foto: UAW

Informações dão conta que esta é a primeira vez que um presidente dos EUA se une a um movimento grevista. Biden por sua vez disse apoiar o pedido de reajuste em 40% agora que as montadoras voltaram a crescer.

Desde que a greve foi instaurada as negociações não avançaram com as Três Gigantes de Detroit, como são conhecidas as empresas. Segundo a Reuters, 18.300 trabalhadores estão de braços cruzados e recebem 500 dólares por semana do fundo de greve do sindicato.

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Ao todo cada uma das companhias está com uma fábrica fechada e mais 38 centros de distribuição de peças da GM e Stellantis estão parados. Há expectativa de que novos centros recebam piquetes, em especial da Ford, se as negociações não avançarem até sexta (29).

Segundo o Wall Street Journal, a GM e a Stellantis tentam contornar a falta de componentes pelos centros fechados com estoques previamente provisionados e com funcionários de áreas administrativas deslocados para as funções dos grevistas.