Metrô, CPTM e Sabesp planejam greve contra privatizações

Plebiscito contra a privatização das empresas paulistas é parte dos esforços para conscientizar a população sobre os impactos negativos, caso se concretize

Privatização da Sabesp, Metrô e CPTM vai beneficiar empresários e prejudicar a maioria da população. Divulgação/SPBancários

Os funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp em São Paulo estão planejando uma greve conjunta como forma de protesto contra o plano de privatizações proposto pelo governo de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos. A greve está marcada para o dia 3 de outubro, a próxima terça-feira.

Os sindicatos dos servidores do Metrô e da CPTM já aprovaram a paralisação, enquanto os funcionários da Sabesp estão realizando uma assembleia para decidir se também entrarão em greve. A privatização da Sabesp, que é considerada uma das principais empresas de saneamento do estado de São Paulo, faz parte das promessas de campanha de Tarcísio.

Os sindicalistas buscam chamar a atenção para os impactos negativos das privatizações, como aumento dos custos dos serviços. Eles esperam que essas greves possam influenciar Tarcísio a reconsiderar seu plano de privatização, semelhante a como o governador já recuou em outras promessas de campanha.

Leia também: Sabesp já pode universalizar serviços de água e esgoto sem privatização

Vale ressaltar que a privatização da Sabesp é o processo mais avançado das três empresas, embora ainda não haja data definida para o início do processo de privatização. O governo planeja fazer uma oferta adicional de ações no mercado para atrair um acionista de referência, permitindo que um único agente privado detenha uma participação maior na empresa de saneamento. Esse movimento tem enfrentado resistência e críticas por parte dos sindicatos e de setores da população.

Plebiscito

Além das greves, os trabalhadores estão promovendo um plebiscito popular contra a privatização das três empresas como parte de seus esforços para conscientizar a população sobre os impactos dessas privatizações. Eles esperam reunir, até 5 de novembro, ao menos 1 milhão de votos no plebiscito para demonstrar a oposição da população aos planos de privatização de Tarcísio de Freitas. Também está sendo articulada uma greve geral para o mês seguinte, visando barrar o processo de privatização.

A iniciativa conta com a participação de trabalhadores das empresas públicas, representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos que fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Leia também: Tarcísio já sabe que venda da Sabesp não vai baixar tarifas de água

O plebiscito visa alertar a população sobre as consequências da privatização dessas empresas. Os trabalhadores argumentam que a privatização resultaria em demissões em massa, terceirização de serviços e congelamento de salários, prejudicando tanto os funcionários quanto os usuários, que sofreriam com a precarização dos serviços e aumento das tarifas. A única parte beneficiada, segundo eles, seriam os empresários que lucrariam com a privatização.

“Estamos recebendo apoio de todo o Estado, nas ruas, nas estações de metrô. A votação está acontecendo nas sedes de movimentos sociais, nos bairros da periferia, na região central, nos gabinetes da Alesp, nas escolas. Trabalhadores (as) do campo e da cidade estão empenhados em defender a Sabesp, o Metrô e a CPTM contra o desmonte que o governador Tarcísio de Freitas quer promover”, afirmou a direção do Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo (Sintaema).

Essa mobilização dos trabalhadores e seus aliados visa pressionar o governo e a opinião pública contra a privatização dessas importantes empresas públicas que prestam serviços essenciais à população de São Paulo.

Leia também: Plebiscito pressiona contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM

Autor