Nova Rota da Seda: China já investiu R$ 10,3 tri em projetos mundiais

A China investiu US$ 2 trilhões – o equivalente a R$ 10,3 trilhões – em projetos globais de infraestrutura e redes energéticas para mais de 130 países, no âmbito da Nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative, o BRI, na sigla em inglês). Só os empreiteiros chineses respondem por US$ 1,3 trilhão (R$ 6,7 trilhões).

As cifras foram anunciadas nesta terça-feira (10) pelo governo chinês, que promove na próxima semana, em 17 e 18 de outubro, o 3º Fórum para a Cooperação Internacional da Nova Rota da Seda. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o evento receberá chefes de Estado de países em desenvolvimento para celebrar os dez anos do lançamento da Nova Rota da Seda. O presidente russo, Vladimir Putin, é esperado no fórum – ele não visita a China desde o início da guerra na Ucrânia, no começo de 2022.

Os bancos chineses estão entre os principais financiadores de projetos. Só de empréstimos do Eximbank (Banco de Importação e Exportação da China), o Rota da Seda já destinou US$ 307,4 bilhões (R$ 1,6 trilhão). A África e a Ásia Central foram as regiões mais beneficiadas. De acordo com comunicado do Conselho de Estado chinês, a Nova Rota da Seda “reportou ganhos reais aos países participantes”.

A expectativa chinesa é que a maioria das nações contempladas com projetos do BRI participem do Fórum da Nova Rota, na semana que vem. “Os países e parceiros que participam ativamente na iniciativa da Nova Rota da Seda são bem-vindos em Pequim para discutir planos de cooperação e buscar o desenvolvimento comum”, afirmou em setembro o Ministério das Relações Exteriores da China, por meio de seu porta-voz, Mao Ning.

O lema do Novo Rota da Seda é “One Belt, One Road” (“Um Cinturão, uma Rota”). Idealizado pelo presidente Xi Jinping, o programa tem como foco as áreas de transporte e energia. Conforme o centro de estudos americano CFR (Council on Foreign Relations), 147 países já aderiram ou manifestaram interesse em aderir ao BRI. São nações que respondem por mais de 60% da população mundial e 40% do PIB global.