Governo Lula conclui primeira fase de repatriação de brasileiros em Israel
Em 10 dias, o Itamaraty resgatou 1.135 brasileiros e 35 animais de estimação. Chanceler aguarda abertura de portões na fronteira com Rafah (Egito) para repatriar grupo em Gaza
Publicado 19/10/2023 14:19 | Editado 20/10/2023 12:43
O governo federal concluiu a primeira fase da operação de repatriação de cidadãos brasileiros na zona de conflito entre Israel e Palestina, após um sexto voo da FAB (Força Aérea Brasileira) pousar no aeroporto do Galeão (RJ) com 219 pessoas.
Ao todo, a operação Voltando em Paz resgatou 1.135 brasileiros em um esforço interministerial, liderado pelo ministério das Relações Internacionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem monitorando pessoalmente as ações dos seus auxiliares e tem conversado com líderes mundiais para um cessar-fogo na região, o que possibilitaria a fuga do grupo de brasileiros na Faixa de Gaza.
De acordo com o governo federal, quatro aeronaves da FAB foram utilizadas nesta primeira fase da operação. Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 219 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).
“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.
O problema é o grupo de brasileiros na Faixa de Gaza, pois não há previsão para saída de pessoas do enclave palestino. Um avião presidencial já está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para tirar os brasileiros pela fronteira com o Egito.
“Depende um pouco de uma série de questões. Tanto do lado de Israel, também das autoridades de Gaza, quanto do lado do Egito, para se chegar a um acordo”, destacou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nessa quarta-feira (18) em Brasília.
Vieira acrescentou que os guichês de atendimento para sair da Faixa de Gaza são poucos e que existem cerca de 5 mil estrangeiros querendo sair de lá. “Por todas essas questões práticas ainda não foram abertas as passagens e não pôde haver a saída dos brasileiros e dos outros nacionais”, acrescentou.