Brasil tem menor taxa de desemprego entre jovens em 9 anos

Pnad Contínua Trimestral do IBGE mostra que no 4º trimestre de 2023, 16% dos jovens estavam sem emprego. Desocupação geral da população também teve queda e ficou em 7,7%

Foto: Fernando Frazo/Agência Brasil

O desemprego entre os jovens brasileiros, no patamar de 16%, é o menor desde o quarto trimestre de 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta semana. 

No terceiro trimestre daquele ano, a taxa foi de 14,9%. Em relação ao trimestre anterior de 2023, a queda foi de 0,6 ponto percentual. Do total de pessoas que procuram emprego atualmente (8,3 milhões), 2,45 milhões têm entre 14 e 18 anos e 2,9 milhões, entre 25 e 39 anos. 

Na comparação entre o terceiro trimestre de 2022 e o deste ano, o IBGE constatou que houve queda em todas as faixas etárias. No caso dos jovens entre 14 e 17 anos, saiu de 31,7% para 30,2% e entre 18 e 24 anos, caiu de 18% para 16%. No caso dos 25 aos 39 anos, a redução foi de 7,8% para 7%.

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Na população em geral, a pesquisa verificou que houve queda em relação ao segundo trimestre, saindo de 8% para 7,7% no terceiro. Com relação ao ano passado, a diminuição foi de um ponto percentual — no mesmo período de 2022, o índice era de 8,7%. 

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a queda na desocupação no país: “A taxa de desemprego segue caindo. No terceiro trimestre deste ano, a taxa chegou a 7,7%, o menor número desde 2015, segundo o IBGE. Ainda temos muito trabalho pela frente para garantir mais empregos de qualidade, melhorando concretamente a vida de cada brasileiro”, declarou. 

Qualificação dos jovens

Em evento realizado em Brasília, nesta quinta-feira (23), sobre educação profissional e primeiro emprego — questões que figuram entre alguns dos desafios a serem superados para ampliar a inserção qualificada do jovem no mercado de trabalho — o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou que “é preciso que se trabalhe com muita determinação as oportunidades de qualificação. A juventude está sofrendo muito. Que tipo de sociedade nós queremos? Queremos de fato ser um país desenvolvido ou um país de terceiro mundo”. 

Na ocasião, o MTE também tratou do programa Manoel Querino, que será lançado pela pasta no dia 28 de novembro, voltado ao desenvolvimento de ações de qualificação social e profissional a jovens e trabalhadores, de forma a contribuir com a formação geral e o acesso e permanência no mundo do trabalho. 

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Segundo o MTE, o programa vai atuar por meio da capilarização da oferta de qualificação social e profissional na rede de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine); da articulação da política de qualificação social e profissional com instituições públicas federais; do fomento às iniciativas da sociedade civil voltadas à solução de problemas e ao desenvolvimento de tecnologias sociais; da oferta de ações formativas em habilidades digitais transversais ao trabalho e ao acesso à cidadania; e indução estratégica da política de aprendizagem profissional.