Ao menos 58 países realizam eleições em 2024
49% da população mundial deve escolher seus representantes nos próximos 12 meses. Brasil, EUA e Rússia têm eleições marcadas
Publicado 02/01/2024 10:35 | Editado 02/01/2024 13:49

Ao menos 58 países realizarão eleições em 2024. O calendário eleitoral tem início em 7 de janeiro, com eleições legislativas em Bangladesh, e vai até 7 de dezembro, quando a população de Gana votam para o parlamento e executivo.
Entre as principais eleições, Estados Unidos, Rússia, Índia, Venezuela e México vão às urnas para decidir seus representantes nos próximos anos. No Brasil, o eleitorado participa das eleições municipais.
De acordo com estimativas da AFP, 49% da população mundial exercerá o direito ao voto em eleições em 2024. Por volta de 30 países vão eleger um presidente, e também estão previstas eleições legislativas em cerca de 20 deles.
Nos Estados Unidos, democratas e republicanos tendem a decidir a disputa presidencial, reeditando a eleição de 2020. Isto porque a 60ª eleições americanas deve marcar a revanche entre o atual presidente Joe Biden, de 81 anos, e seu antecessor, Donald Trump, de 77 anos.
Trump vem colecionando derrotas judiciais que podem impactar nas eleições deste ano. Dois estados, o Colorado e o Maine, excluíram o nome do republicano das urnas devido ao comportamento golpista do ex-mandatário em meio as eleições em que foi derrotado por Biden, em 2020.
Na Rússia, o atual presidente Vladimir Putin anunciou, em 8 de dezembro, que será candidato à reeleição em março. Putin está a frente do Executivo há 23 anos, desde agosto de 1999, quando foi indicado para primeiro-ministro pelo então presidente Boris Yeltsin.
As eleições estão marcadas para começar em 15 de março e terminar no dia 17.
Na Ucrânia, o pleito está previsto para 31 de marços, mas o governo pode adiá-la. Autoridades do país questionam a viabilidade de levar os ucranianos às urnas em meio à guerra. A população, o Parlamento e o presidente Volodymyr Zelensky já expressaram o desejo de postergar o pleito até que a guerra chegue ao fim.
O líder ucraniano solicitou a extensão do período de lei marcial enquanto houver conflito com a Rússia.
Na Venezuela, apesar das demonstrações do governo do presidente Nicolás Maduro de colaborar com o calendário eleitoral, o país ainda não definiu as datas para a votação. Maduro está no poder desde 2013 e, caso for reeleito, fica no cargo até 2030.
A Venezuela fechou um acordo com os Estados Unidos para a realização de eleições livres e monitoradas por organismos internacionais em troca do fim de sanções sobre o petróleo do país sul-americano.
Ainda nas Américas, o México votará em seu próximo presidente em 2 de junho. A governista Claudia Sheinbaum, apoiada pelo presidente López Obrador, e a oposicionista Xóchitl Gálvez lideram as pesquisas.