Distante da paz, EUA podem colocar US$95 bilhões em guerras

Senado norte-americano aprovou pacote, que vai à Câmara, com valor bilionário para Ucrânia, Israel e Taiwan. Financiamento de guerras aumenta tensões com Rússia, Palestina e China

Capitólio dos Estados Unidos, centro legislativo do Estado americano em Washington, DC -Foto: David Knox/Unsplash

Na terça-feira (13), o Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote de US$ 95,34 bilhões para destinar à Ucrânia, Israel e Taiwan em seus projetos de guerra e defesa dos territórios – uma situação preocupante uma vez que, se concretizada, aumenta as tensões com Rússia, Palestina e China.

A ajuda financeira foi encabeçada pelo presidente Joe Biden, que se encontra atrás das pesquisas de intenção de voto para Donald Trump e tem na política externa uma das chaves para tentar reverter tal situação.

A utilização da guerra como trunfo político é comum no país tanto para Democratas como Republicanos.

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Com um Senado dominado pelo partido do presidente, o pacote foi aprovado por 70 votos favoráveis e 29 contrários. Mesmo com maioria democrata foi preciso o apoio de 22 senadores republicanos, pois eram necessários 60 votos.

O pacote aprovado destina, aproximadamente:

  • US$ 61 bilhões para a Ucrânia;
  • US$ 14 bilhões para Israel contra o Hamas;
  • US$ 4,83 bilhões para Taiwan repelir a China;
  • e US$ 9,15 bilhões em assistência humanitária para Gaza, Cisjordânia, Ucrânia e outras zonas de conflito;

Agora o texto vai à Câmara para ser analisado, mas o cenário se inverte, pois a maioria por lá é republicana. Portanto, para o pacote avançar não terá vida fácil, uma vez que os deputados do partido de Trump devem dificultar qualquer cartada que possa ser usada por Biden para reverter o cenário das pesquisas até agora. O ex-presidente e principal pré-candidato para disputar as eleições pelos Republicanos, Trump tem sido um crítico feroz do pacote – mas todos sabemos, não pelo seu pacifismo.

Volodymyr Zelenskiy, presidente da Ucrânia, celebrou o avanço do pacote, pedido há tempos por ele que sofre com falta de armamentos e recursos depois de três anos de guerra.

*Com informações de agências internacionais