Ídolo eterno do futebol brasileiro, Sócrates nascia há 70 anos

Líder do movimento Democracia Corinthiana e das Diretas Já, Magrão foi um dos jogadores mais talentosos da história do esporte, mas se consagrou fora das quatro linhas

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Um dos maiores ícones da história do futebol, o doutor Sócrates completaria 70 anos de idade nesta segunda (19). O Magrão, como era conhecido entre os amigos, foi capitão da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986, mas foi na liderança da Democracia Corinthiana em que ficou conhecido mundialmente pela luta contra o autoritarismo da ditadura militar.

Nascido em 19 de fevereiro de 1954, em Belém, do Pará, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira iniciou sua carreira no futebol em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde a família Sampaio passou a constituir residência por causa do trabalho do pai.

Na adolescência, Sócrates entrou para o juvenil do Botafogo e foi contratado pelo clube em 1973. Durante sua passagem pelo tricolor ribeirão-pretano, o meio campista iniciou seus estudos na Faculdade de Medicina da cidade.

Em 1978, uma vez formado médico e já despontando como um grande jogador, Sócrates foi contratado pelo Corinthians. Sua transferência para o Parque São Jorge deu início a uma das mais belas histórias do esporte bretão.

Lá, ele se tornou nome marcante da história do clube, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1979, 1982 e 1983. Dentro de campo, o protagonismo pela equipe rendeu ao jogador as primeiras convocações para a Amarelinha. Fora de campo, Sócrates se notabilizou por suas lutas sociais.

Sócrates liderou o movimento chamado “Democracia Corintiana”, ao lado de Casagrande e Wladimir, que implementou medidas democráticas para tomadas de decisão no ambiente interno do Corinthians, além de apoiar o movimento Diretas Já, que defendia a redemocratização do Brasil nos anos 80.

Na Copa de 1982, na Espanha, recebeu a faixa de capitão para ser o líder da Seleção Brasileira, com um time recheado de craques cujo futebol encantou o mundo. O legado da equipe formada por Sócrates, Falcão, Zico, Leandro, Júnior, entre outros, permanece intacto no imaginário dos apaixonados pelo futebol bem jogado.

Em 2022, a revista francesa France Football, responsável pela organização da Bola de Ouro, criou o Prêmio Sócrates. Sadio Mané, de Senegal, foi o vencedor em 2022. No ano passado, Vinicius Júnior foi o vencedor pelo seu trabalho no Instituto Vini Jr.

Sócrates lutou contra a dependência de álcool e enfrentou problemas de cirrose. Aos 57 anos, o ídolo do futebol brasileiro morreu em dezembro de 2011, em um domingo em que seu time do coração, o Corinthians, se sagrou penta campeão brasileiro de futebol.

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