Lewandowski diz que delação sobre assassinato de Marielle é “muita completa”

Em reunião com os deputados do PSOL nesta quarta-feira (20) o ministro da Justiça e Segurança deu a entender que a PF já tem elementos que vão revelar os mandantes do crime

Ministro em reunião com a bancada do PSOL (Foto: Jamile Ferraris / MJSP).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (20) que a delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa, autor dos disparos que matou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, “é muito completa” e anunciou para os próximos dias um desfecho do caso.

Em reunião com os deputados do PSOL nesta quarta-feira (20), o ministro deu a entender que a Polícia Federal (PF) já tem elementos que vão revelar os mandantes do crime, a peça que falta nas investigações que já duram seis anos.

Lewandowski reafirmou o compromisso de todo o governo do presidente Lula em elucidar o crime.

“Posso garantir para todos que o governo do presidente Lula e o Ministério da Justiça e Segurança Pública – antes com o ministro Flávio Dino e agora comigo à frente – estão totalmente empenhados no esclarecimento da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Essa é a prioridade número um do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, afirmou.

Nesta semana, o ministro anunciou aos jornalistas que a delação de Lessa foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Leia mais: STF homologa delação que apontaria deputado como mandante da morte de Marielle

“A delação traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que em breve teremos a solução do assassinato”, disse o ministro.

O deputado Chico Alencar (RJ) saiu do encontro otimista. “A bancada do PSOL teve fecunda audiência com o ministro. Ele nos garantiu que a colaboração premiada – meio de obtenção de prova (e não prova) – do executor de Marielle e Anderson, é ‘muito completa’. Em dias sai o relatório final!”, disse.

“Seis anos é tempos demais. Saímos dessa reunião com a esperança de que o mais breve possível o desfecho dessa execução política brutal vai acontecer. E a justiça finalmente será feita. Enquanto não tivermos a resposta, a democracia brasileira continuará fraturada”, disse a deputada Talíria Petrone (RJ).

Nas redes sociais, o partido diz que desde 2018 uma pergunta não cala: quem mandou matar Marielle? “O ministro garantiu que o crime está próximo de ser solucionado.”

Marielle e seu motorista foram assassinados a tiros no dia 14 de março de 2018, na região central do Rio.

Eles saiam de uma reunião quando foram interceptados por outro veículo ocupado pelo policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, que dirigia o carro. Quase um ano depois, os dois foram presos.

Autor