Trabalhadores do transporte criam Associação da Velha Guarda em SP

Entidade é suprapartidária – mas deixa claro que estará sempre “ao lado dos trabalhadores, do povo, da democracia, do desenvolvimento e do progresso”.

“Neste dia 22 de março de 2024, fundamos a Associação dos Amigos da Velha Guarda dos Transportes do Estado de São Paulo (AAVGTESP) – ou, simplesmente, a Velha Guarda dos Transportes.  Da mesma maneira, proclamamos 22 de março como o Dia da Velha Guarda.”

Este é um trecho do “Manifesto da Velha Guarda dos Transportes”, lido nesta sexta-feira (22), durante o ato de fundação da AAVGTESP, no Centro de São Paulo. A entidade é suprapartidária – mas deixa claro que estará sempre “ao lado dos trabalhadores, do povo, da democracia, do desenvolvimento e do progresso”.

O manifesto lembra a importância dos trabalhadores em transporte “de cargas, de passageiros e de mercadorias” para “a evolução da mobilidade urbana e do progresso de São Paulo. Graças ao seu profissionalismo e às suas diversas lutas, essas categorias também foram reconhecidas por estarem entre as mais organizadas e combativas em nosso estado”.

Segundo o documento, “não existe desenvolvimento sem grandes redes de transporte e, portanto, sem esses trabalhadores essenciais. Da mesma maneira, os trabalhadores em transporte sempre foram protagonistas no sindicalismo e na própria política local.”

A Velha Guarda dos Transportes nasce com uma série de missões e desafios. O manifesto lista algumas dessas tarefas:

  • Estudar “o efeito das novas tecnologias” e “formular projetos que possam nortear os rumos dos profissionais dos mais diversos modais de transporte”;

  • Apoiar “sindicatos, federações, confederações e gestores governamentais a entenderem o advento das novas tecnologias e como ficará a vida dos operários no século 21”;

  • “Cuidar da memória e das causas de seus membros, promover eventos de interesse comum e valorizar a Velha Guarda”;

  • “Dialogar com outras entidades, o Poder Público, a iniciativa privada e o 3º Setor, sempre visando o bem comum dos trabalhadores, avanços em políticas públicas e o desenvolvimento do estado e dos municípios”;

  • Investir “na formação permanente”, com “cursos de requalificação profissional, formação política e sindical, elaboração de projetos de políticas pública e mobilidade urbana, além de ter assessoria técnica e política para as entidades de classe”;

  • “Inspirar e mobilizar novas lutas, defender os trabalhadores, estimular o debate público e ser referência para a construção de uma sociedade cada vez mais avançada”.

Seis experientes lideranças integram a coordenação provisória da associação: Alcides Amazonas, Altair Gomes (Bebezão), Carlos de Oliveira, Cleber de Oliveira, Sheila Ferreira Santos e Wagner Gomes. A primeira direção será eleita no próximo encontro, que deve ocorrer em abril ou maio. Nessa segunda reunião, será aprovado também o estatuto da AAVGTESP.

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